A percepção das cores durante o sono é um fenômeno que desperta curiosidade em muitas pessoas. Pesquisas indicam que diversos fatores podem influenciar se alguém sonha em preto e branco ou em cores, incluindo experiências de vida, hábitos de consumo de mídia e até mesmo questões culturais.
O contato com imagens coloridas ao longo da vida, especialmente durante a infância, pode moldar a forma como o cérebro processa as informações visuais nos sonhos. Pessoas que cresceram assistindo televisão em preto e branco, por exemplo, tendem a relatar sonhos sem cores com mais frequência do que aquelas expostas a imagens coloridas desde cedo.
Como a idade pode afetar os sonhos em preto e branco ou em cores?
Estudos realizados ao longo das décadas sugerem que a idade desempenha um papel importante na maneira como as pessoas percebem as cores em seus sonhos. Indivíduos nascidos antes da popularização da televisão colorida, por volta das décadas de 1950 e 1960, frequentemente relatam sonhos em tons de cinza.
Por outro lado, gerações mais jovens, que cresceram cercadas por imagens coloridas em telas e dispositivos digitais, costumam relatar sonhos mais vívidos e coloridos. Essa diferença sugere que o ambiente visual ao qual cada geração está exposta pode influenciar diretamente a experiência onírica.

Por que algumas pessoas ainda sonham em preto e branco?
Mesmo em 2025, ainda existem relatos de pessoas que sonham em preto e branco. Esse fenômeno pode estar relacionado à memória visual predominante durante a infância ou à exposição limitada a imagens coloridas em determinados períodos da vida.
Além disso, fatores como o funcionamento do cérebro durante o sono REM e as particularidades de cada indivíduo podem contribuir para a ausência de cores nos sonhos. Não há uma explicação única, mas a ciência aponta para uma combinação de experiências pessoais e influências culturais.
Existe relação entre tecnologia e sonhos coloridos?
A evolução tecnológica, especialmente no campo do entretenimento visual, parece ter impacto direto na forma como as pessoas sonham. A transição da televisão em preto e branco para a colorida, e posteriormente para telas digitais de alta definição, ampliou o repertório visual das gerações mais recentes.
Pesquisas apontam que a exposição constante a imagens coloridas pode estimular o cérebro a reproduzir essas cores durante o sono. Assim, o avanço da tecnologia não apenas transformou o cotidiano, mas também pode ter alterado a experiência dos sonhos para grande parte da população.
Como os pesquisadores estudam as cores nos sonhos?
O estudo dos sonhos é realizado principalmente por meio de relatos espontâneos dos participantes, que descrevem suas experiências ao acordar. Questionários detalhados e entrevistas são ferramentas comuns para coletar informações sobre a presença ou ausência de cores nos sonhos.
Além disso, avanços em neurociência permitem o monitoramento da atividade cerebral durante o sono, oferecendo pistas sobre como o cérebro processa imagens oníricas. Apesar das limitações, esses métodos têm contribuído para uma compreensão mais ampla sobre a relação entre idade, experiências visuais e sonhos coloridos.
É possível treinar o cérebro para sonhar em cores?
Algumas pesquisas sugerem que a exposição frequente a imagens coloridas pode aumentar a probabilidade de sonhar em cores. Práticas como visualizar cenas coloridas antes de dormir ou manter contato constante com ambientes vibrantes podem estimular o cérebro a incorporar essas cores nos sonhos.
Embora não exista uma técnica garantida para alterar a percepção das cores durante o sono, a neuroplasticidade indica que o cérebro pode se adaptar a novos estímulos visuais. Assim, mudanças nos hábitos diários podem influenciar, de forma gradual, a maneira como as cores aparecem nos sonhos de cada pessoa.