Muito além de fortalecer o sistema imunológico, a vitamina C pode atuar seletivamente em células doentes quando utilizada de forma estratégica. É o que defende o Dr. Alexandre Duarte, médico especializado em fisiologia metabólica e hormonal.
Segundo ele, em pacientes com inflamação celular generalizada, a vitamina C pode agir como uma espécie de “quimioterapia perfeita” — eliminando apenas as células comprometidas, sem afetar as saudáveis.
Como a vitamina C age em células inflamatórias?
De acordo com o @dralexandreduarte, a vitamina C entra nas células doentes por meio dos mesmos canais que transportam a glicose. Como essas células estão metabolicamente desreguladas e inflamadas, absorvem a substância em maior quantidade.
Dentro da célula doente, a vitamina C pode promover efeito oxidativo seletivo, induzindo sua destruição sem causar danos ao tecido saudável. Essa propriedade tem sido objeto de estudos na oncologia metabólica, especialmente em associação com dietas anti-inflamatórias.
A vitamina C pode funcionar como “quimioterapia natural”?
O termo “quimioterapia perfeita”, usado pelo médico, refere-se à ideia de um tratamento que elimina apenas células comprometidas, sem os efeitos colaterais tóxicos da quimioterapia tradicional. A vitamina C, nesse contexto, mostra potencial como coadjuvante, desde que haja um ambiente metabólico favorável.
Esse ambiente é alcançado por meio da alimentação, com foco na redução da glicose circulante. Em um organismo com inflamação sistêmica, todas as células ficam ávidas por glicose — o que dificulta uma ação seletiva. Por isso, o controle alimentar é fundamental.
Dieta low carb influencia a eficácia da vitamina C?
Sim. O Dr. Alexandre reforça que a adoção de uma dieta low carb é essencial para restaurar a saúde celular e permitir que a vitamina C atue seletivamente. Quando a oferta de glicose é reduzida, as células saudáveis passam a usar gordura como combustível, via beta-oxidação.
Já as células doentes, que dependem quase exclusivamente da glicólise, tornam-se vulneráveis. Essa diferença no metabolismo entre células saudáveis e doentes abre uma janela para que a vitamina C atue de maneira precisa, promovendo uma espécie de “limpeza” no organismo.
Qual a relação com dor crônica e inflamação celular?
Segundo o especialista, muitos pacientes com dor crônica carregam um quadro de inflamação celular silenciosa e persistente. Esses casos geralmente não respondem bem a tratamentos convencionais, porque o problema está na base metabólica do tecido.

Ao adotar uma abordagem que inclui dieta anti-inflamatória e suporte com vitamina C, o Dr. Alexandre relata melhora em quadros considerados “sem cura” por outros profissionais. Isso reforça a importância de enxergar a dor como sintoma de um desequilíbrio celular mais profundo.
O que dizem as evidências científicas?
Estudos publicados no PubMed já exploram o uso da vitamina C em altas doses como agente terapêutico em oncologia e doenças inflamatórias. Ela atua como antioxidante em células normais e como pró-oxidante seletivo em células doentes, o que sustenta a teoria apresentada.
Além disso, órgãos como a Fiocruz e o Ministério da Saúde reforçam a importância da modulação inflamatória por meio da alimentação. A combinação entre nutrição estratégica e suplementação orientada mostra efeitos positivos em diferentes frentes da medicina integrativa.
Fontes confiáveis:
PubMed – https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov
Ministério da Saúde – https://www.gov.br/saude
Organização Mundial da Saúde (OMS) – https://www.who.int
Fiocruz – https://portal.fiocruz.br
Instituto Nacional de Câncer (INCA) – https://www.inca.gov.br
Cuidar da inflamação é a chave para regenerar o corpo
O recado do Dr. Alexandre Duarte é direto: tratar a dor e a doença exige olhar para o metabolismo celular, e a vitamina C pode ser uma ferramenta poderosa nesse processo. Mas tudo começa com a mudança alimentar e a recuperação da saúde das células.
Em vez de apenas silenciar sintomas, a proposta é regenerar, reduzir a inflamação e devolver ao corpo sua capacidade natural de equilíbrio. Esse é o verdadeiro papel de uma medicina que une fisiologia, nutrição e ciência.