Em tempos de crise, alguns enfrentam as turbulências da vida com uma leveza surpreendente. E não, isso não é apenas otimismo — é uma habilidade chamada brincadeira adulta, um superpoder psicológico que ganha destaque em 2025. Segundo um estudo publicado na Frontiers in Psychology, brincar deixou de ser coisa de criança e passou a ser uma ferramenta poderosa contra o estresse.
A pesquisa revelou que adultos brincalhões não apenas lidam melhor com pressões do cotidiano, como também experienciam a vida com mais prazer e significado. Ao transformar dificuldades em desafios criativos, essas pessoas cultivam uma atitude mental rara: a de rir diante da incerteza e fazer limonada com os limões da vida.
O superpoder invisível que turbina o cérebro humano
Ser brincalhão não significa negar a realidade. Pelo contrário: pessoas com essa mentalidade têm uma flexibilidade cognitiva impressionante, segundo os pesquisadores. Elas conseguem mudar de perspectiva, reformular problemas e se adaptar às adversidades com mais inteligência emocional.
Esses indivíduos equilibram otimismo com análise realista, evitando o pânico sem cair em negação. Isso se traduz em respostas mais eficazes diante de desafios complexos, com menor desgaste mental e mais criatividade nas soluções.
Brincadeira e criatividade caminham lado a lado
Durante momentos críticos, como a pandemia, adultos brincalhões apresentaram uma capacidade extraordinária de inovar. Eles redescobriram hobbies, reinventaram rotinas e criaram formas alternativas de manter o bem-estar. O estudo apontou que o pensamento lúdico estimula a criatividade e a experimentação, ingredientes fundamentais para inovar em tempos difíceis.
Atividades em grupo com foco em brincadeiras também demonstraram aumentar a geração de ideias, reduzir frustrações e melhorar o foco e a persistência. Em outras palavras, brincar não é perda de tempo — é estratégia de sobrevivência e inovação.

A força emocional por trás do riso genuíno
O estudo mostrou que a brincadeira atua como um amortecedor emocional poderoso. Participantes brincalhões mantiveram a esperança mesmo diante da solidão e incerteza. Eles criaram novos significados para a rotina e conservaram rituais de prazer — o que fortaleceu sua resiliência.
Essas pessoas demonstraram uma habilidade notável de regulação emocional, encarando contratempos como fases passageiras, e não como ameaças permanentes. Em vez de se afundar no medo, escolheram a leveza, mostrando que brincar é uma forma séria de enfrentamento emocional.
Cinco formas simples de aplicar a brincadeira hoje
Incorporar a mentalidade brincalhona no dia a dia não exige grandes esforços. Com pequenos gestos, é possível transformar a rotina em uma experiência mais leve e resiliente. Veja como:
- Transforme tarefas em desafios: crie metas divertidas para tarefas simples.
- Use o humor para mudar o clima: imagine momentos difíceis como cenas de comédia.
- Faça perguntas criativas: troque o “por quê” pelo “e se?”.
- Trabalhe em grupo com leveza: incentive brainstorming com piadas e jogos.
- Movimente-se de forma divertida: dance, cante ou desenhe ao longo do dia.
A brincadeira, quando levada a sério, pode ser a ferramenta mais subestimada da saúde mental moderna. Em um mundo cada vez mais imprevisível, talvez o melhor caminho para resistir seja justamente rir — e reinventar.