A Mastercard Brasil acredita que 2025 será o ano de consolidação do Click to Pay, tecnologia que permite pagamentos online com poucos cliques e sem necessidade de cadastro prévio. O sistema armazena dados de cartões de forma criptografada e busca simplificar a experiência do consumidor no e-commerce.
Segundo Marcelo Tangioni, presidente da Mastercard no Brasil, a empresa aposta na adesão dos principais bancos para acelerar a expansão da ferramenta. Para ele, a integração direta com as instituições financeiras tornará o processo de compra mais fluido e seguro para o usuário.
Tecnologia promete mudar a experiência de compra no e-commerce
O Click to Pay foi criado pelas bandeiras para facilitar pagamentos no ambiente digital. A proposta é que o cliente finalize uma compra com um clique, sem digitar os dados do cartão nem preencher formulários. Atualmente, o sistema está disponível apenas na função crédito.
Apesar da inovação, dados da consultoria GMattos revelam que apenas 3,4% das lojas online oferecem essa opção no check-out. A baixa adoção ainda representa um desafio para a popularização da ferramenta, especialmente diante da necessidade de alinhamento entre bancos, credenciadoras e varejistas.
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Pagamento por débito com autenticação extra está em testes
Um passo importante para a expansão do Click to Pay será sua aplicação na função débito. A Visa já iniciou testes para essa modalidade, que exige uma camada extra de autenticação para garantir a segurança da transação.
Fernando Amaral, vice-presidente de produtos e inovação, explica que o débito exige validações adicionais, mas a aceitação por parte dos consumidores pode ser positiva se houver facilidade no uso e confiança no processo.
Adoção depende da integração entre todos os atores do mercado
Para o Click to Pay crescer, será necessário o engajamento de diversos setores: bandeiras, bancos emissores, adquirentes, lojistas e consumidores. Um dos principais obstáculos é a ausência de uma opção clara de Click to Pay nas páginas de finalização de compra.
Segundo a GMattos, a transformação exige investimento e adaptação tecnológica, especialmente entre os varejistas, que ainda resistem a novas ferramentas que alterem o fluxo tradicional de pagamento.
Potencial de crescimento se apoia no sucesso de tecnologias recentes
O otimismo da Mastercard é alimentado por exemplos recentes como o Pix, que hoje alcança mais de 60% da população brasileira. Para 2025, a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) projeta R$ 225 bilhões em vendas online, o que pode abrir espaço para novas soluções como o Click to Pay.
O futuro da ferramenta depende da resposta do mercado e da confiança dos consumidores em soluções que unam agilidade e segurança. Se bem implementado, o sistema pode se tornar um novo padrão no comércio eletrônico nacional.