O Governo de Santa Catarina aprovou o reajuste do salário mínimo regional para 2025, trazendo novos valores para diferentes setores da economia. O aumento de 7,27% foi resultado de negociações entre sindicatos e entidades patronais e já está em vigor com efeito retroativo a 1º de janeiro de 2025.
A medida beneficia trabalhadores que não possuem um piso salarial definido por lei federal, convenção ou acordo coletivo, garantindo um ajuste que acompanha a inflação e melhora o poder de compra. Veja como ficam os novos valores e o impacto desse reajuste na economia catarinense.
Quem será beneficiado pelo novo salário mínimo regional
O salário mínimo regional de Santa Catarina é aplicado a trabalhadores de diversas áreas, divididos em quatro faixas salariais. O reajuste aprovado pela Assembleia Legislativa do estado estabelece os seguintes valores:
- R$ 1.730,00 – Trabalhadores da agricultura, construção civil e entregadores.
- R$ 1.792,00 – Empregados do setor industrial e empresas de comunicação.
- R$ 1.898,00 – Indústria química, cinematográfica, comércio e alimentação.
- R$ 1.978,00 – Indústria metalúrgica, gráfica, vidros, borracha, além de funcionários de edifícios, estabelecimentos de saúde, escolas, cultura e crédito.
Com o reajuste, cerca de 1,5 milhão de trabalhadores catarinenses terão seus salários atualizados. O aumento também pode influenciar negociações salariais em setores que possuem acordos coletivos.
Como funciona o salário mínimo regional e quem tem direito
Diferente do salário mínimo nacional, que é definido pelo governo federal, o salário mínimo regional é regulamentado pelos estados que adotaram essa política. Em Santa Catarina, essa prática existe desde 2009, por meio da Lei Complementar 459.

Esse modelo é voltado para trabalhadores que não possuem um piso salarial estabelecido por acordos coletivos ou convenções de categoria. Atualmente, apenas cinco estados brasileiros adotam o salário mínimo regional:
- Santa Catarina
- São Paulo
- Rio de Janeiro
- Paraná
- Rio Grande do Sul
O reajuste anual é resultado de negociações entre representantes dos trabalhadores e empregadores, garantindo que os valores sejam ajustados conforme a inflação e o custo de vida no estado.
Qual o impacto do reajuste na economia catarinense
O aumento do salário mínimo regional tem impacto direto no orçamento das famílias, elevando o poder de compra dos trabalhadores e movimentando a economia local. Entre os principais efeitos do reajuste, destacam-se:
- Aumento do consumo – Com salários mais altos, os trabalhadores podem gastar mais em bens e serviços, estimulando o comércio.
- Redução da desigualdade – O reajuste ajuda a equilibrar a distribuição de renda no estado.
- Impacto na folha de pagamento das empresas – Para os empregadores, o aumento representa um custo adicional, o que pode influenciar contratações e reajustes em outras faixas salariais.
Além disso, setores que adotam o salário mínimo regional como referência para negociações podem ver um efeito cascata em reajustes salariais, impulsionando a renda média dos trabalhadores catarinenses.
Como será feito o pagamento do reajuste
O novo salário mínimo regional já está em vigor desde 1º de janeiro de 2025, com pagamento retroativo garantido pela lei aprovada na Assembleia Legislativa.
Empresas que ainda não ajustaram os salários deverão corrigir os valores e pagar as diferenças acumuladas nos primeiros meses do ano. Em caso de descumprimento, os trabalhadores podem buscar apoio nos sindicatos ou no Ministério do Trabalho para garantir seus direitos.
Com o reajuste, Santa Catarina mantém sua tradição de negociar anualmente o piso regional, garantindo melhores condições para seus trabalhadores e contribuindo para uma economia mais equilibrada.