O estado de São Paulo, assim como outras unidades da federação, adota um salário mínimo regional que se diferencia do piso nacional. Esse ajuste considera fatores econômicos e sociais específicos do estado. Em 2025, o salário mínimo paulista segue em R$ 1.640, um valor superior ao mínimo nacional, que é de R$ 1.518. Essa diferença busca garantir um poder de compra mais adequado aos trabalhadores paulistas diante do custo de vida local.
Quando será definido o novo reajuste do salário mínimo paulista
O reajuste do salário mínimo de São Paulo envolve uma análise detalhada da inflação e das condições econômicas do estado. Em 2024, o aumento foi anunciado em maio, mas, para 2025, o novo valor continua em estudo pela Secretaria da Casa Civil do Governo de São Paulo. Esse órgão é responsável por avaliar a necessidade de ajustes, garantindo que o piso estadual acompanhe a realidade econômica e social do estado.
Quais trabalhadores têm direito ao salário mínimo regional
A Lei Complementar n.º 103/2000 permite que estados estabeleçam um piso regional para categorias sem um salário mínimo definido por lei federal ou acordos coletivos. Em São Paulo, a Lei Estadual n.º 12.640/2007, atualizada em 2024, assegura esse direito a mais de 50 categorias, incluindo trabalhadores domésticos, cuidadores de idosos, serventes, pescadores e funcionários do setor agropecuário. Para esses profissionais, o salário estadual representa um ganho real em comparação ao mínimo nacional.

Quanto realmente sobra do salário mínimo paulista após os descontos
Apesar do valor bruto de R$ 1.640, o salário mínimo paulista sofre alguns descontos. Como está isento do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), a única dedução obrigatória é a contribuição previdenciária de 7,5% para o INSS. Com isso, o valor líquido recebido pelos trabalhadores é de R$ 1.517. Esse desconto garante direitos como aposentadoria e auxílio-doença, sendo essencial para a segurança financeira dos profissionais a longo prazo.
Por que alguns estados adotam um salário mínimo diferenciado
O salário mínimo regional permite que os estados ajustem a remuneração ao custo de vida local. Em um país de dimensões continentais como o Brasil, os preços de moradia, alimentação e serviços variam bastante de uma região para outra. Estados como São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina adotam essa política para garantir um salário mais adequado às condições locais. O Paraná, por exemplo, tem o maior piso regional do país, variando de R$ 1.984,16 a R$ 2.275,36 em 2025, dependendo da categoria profissional.