O Banco Central do Brasil iniciou uma consulta pública para discutir a regulamentação da nomenclatura utilizada por instituições financeiras autorizadas. A proposta visa restringir o uso dos termos “banco” ou “bank” por fintechs que não possuem licença específica para operar como bancos. Essa iniciativa pode ter consequências significativas para o setor financeiro, especialmente para as fintechs que utilizam esses termos em suas marcas.
A consulta pública está programada para ser concluída em 31 de maio de 2025. Durante esse período, o Banco Central busca ouvir as opiniões do mercado financeiro e da sociedade sobre a proposta. A medida tem como objetivo principal evitar o uso indiscriminado da palavra “banco” por empresas que não possuem autorização para atuar como tal, promovendo maior clareza e transparência para os consumidores.
Quais seriam os impactos para as fintechs?
Se a proposta for aprovada, as fintechs que operam sob a licença de instituição de pagamento, e não como bancos, terão que remover os termos “banco” ou “bank” de seus nomes. Isso afetaria diretamente a identidade de marca dessas empresas, exigindo investimentos em rebranding e marketing para se adequarem à nova regulamentação.
Atualmente, o Banco Central regulamenta 57 instituições financeiras que utilizam o termo “bank” em seus nomes, das quais 16 são registradas como instituições de pagamento. Essas empresas seriam obrigadas a revisar suas estratégias de marca, o que poderia resultar em custos significativos e potenciais perdas de credibilidade frente aos bancos tradicionais.

Como a medida pode beneficiar o mercado financeiro?
Embora a mudança possa representar desafios para as fintechs, ela também pode trazer benefícios para o mercado financeiro como um todo. Ao restringir o uso do termo “banco”, a medida visa aumentar a transparência sobre os serviços oferecidos por diferentes tipos de instituições financeiras. Isso ajudaria os consumidores a entender melhor as diferenças entre bancos tradicionais e fintechs, promovendo uma escolha mais informada.
Além disso, a regulamentação pode fortalecer a confiança do público nas instituições financeiras, garantindo que apenas empresas devidamente autorizadas possam se identificar como bancos. Isso poderia reduzir o risco de confusão entre os consumidores e aumentar a segurança nas transações financeiras.
O que esperar do futuro das fintechs?
Com a potencial aprovação da medida, as fintechs precisarão se adaptar rapidamente às novas regras. Isso pode incluir a obtenção de licenças bancárias, caso desejem continuar utilizando o termo “banco” em suas marcas. Alternativamente, as empresas podem optar por reformular suas identidades de marca para se alinharem à regulamentação proposta.
Independentemente do caminho escolhido, é essencial que as fintechs continuem a inovar e oferecer serviços financeiros de qualidade. A capacidade de adaptação e a agilidade no mercado serão fatores cruciais para o sucesso dessas empresas em um cenário regulatório em evolução.
A consulta pública do Banco Central sobre a nomenclatura de instituições financeiras representa um passo importante para a regulamentação do setor. Enquanto a medida pode trazer desafios para as fintechs, ela também oferece uma oportunidade para aumentar a transparência e a confiança no mercado financeiro. A participação ativa das partes interessadas durante o processo de consulta será fundamental para garantir que a regulamentação final atenda às necessidades de todos os envolvidos.