'Taxação' e 'arcabouço': o dicionário que marcou a economia em 2025
Entenda o significado dos termos econômicos que dominaram as notícias e discussões do ano e saiba como eles impactam o seu bolso
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Dois termos dominaram o debate econômico em 2025: 'arcabouço fiscal' e 'taxação'. Essas palavras-chave estiveram no centro das decisões do governo federal em Brasília, influenciando diretamente desde o preço de produtos e serviços até o futuro dos programas sociais no Brasil.
As discussões sobre o tema moldaram o cenário econômico ao longo do ano. De um lado, a tentativa de equilibrar as contas públicas. Do outro, a necessidade de arrecadar mais para financiar os gastos do Estado. Entender essa dinâmica é fundamental para saber como seu dinheiro é afetado.
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O que é o arcabouço fiscal?
De forma simples, o arcabouço fiscal — sancionado em agosto de 2023 para substituir o antigo Teto de Gastos — é o conjunto de regras que limita o crescimento das despesas do governo. A nova regra permite que os gastos aumentem, mas esse avanço está atrelado ao crescimento da arrecadação de impostos.
O objetivo é garantir que as contas públicas fiquem sob controle, visando o equilíbrio orçamentário e evitando um endividamento excessivo do país. Quando o governo gasta muito mais do que arrecada, a desconfiança na economia aumenta, o que pode levar à alta da inflação e dos juros, encarecendo o crédito para todos.
E a 'taxação'?
A palavra 'taxação' ganhou força como a principal estratégia do governo para aumentar sua receita e cumprir as metas do arcabouço. Para que a regra fiscal funcione como planejado, permitindo mais investimentos em áreas como saúde e educação, é preciso que mais dinheiro entre no caixa do Tesouro.
Nesse contexto, as discussões sobre a Reforma Tributária avançaram, e o governo buscou novas fontes de arrecadação. Medidas como a tributação de fundos de investimento exclusivos, aprovada no final de 2023, tiveram seus efeitos sentidos ao longo de 2025, enquanto o debate sobre a taxação de compras internacionais continuou em pauta, refletindo a busca constante por receita.
Como os dois temas se conectam?
A relação entre os dois é direta: o arcabouço fiscal estabelece o quanto o governo pode gastar, enquanto as medidas de taxação buscam garantir o dinheiro necessário para isso. A meta para 2025 era de déficit zero, com uma margem de tolerância de 0,25% do PIB. Sem o aumento da arrecadação, o governo se vê forçado a fazer cortes, como o bloqueio de R$ 31,3 bilhões no orçamento, anunciado em maio, para cumprir a regra fiscal.
Na prática, essa discussão define o rumo do bolso dos brasileiros. As decisões sobre impostos impactam o preço final de produtos e serviços. Ao mesmo tempo, o sucesso ou fracasso do arcabouço em controlar as contas influencia a taxa básica de juros, a Selic, que afeta desde o financiamento da casa própria até o rendimento da poupança.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.