'O que foi feito hoje foi uma reunião extremamente produtiva para falar de transição energética e transição ecológica', disse Silveira -  (crédito: Ricardo Botelho/MME)

'O que foi feito hoje foi uma reunião extremamente produtiva para falar de transição energética e transição ecológica', disse Silveira

crédito: Ricardo Botelho/MME

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou nesta segunda-feira (11/3) que a demissão do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates é "especulação". A declaração foi feita a jornalistas na chegada ao prédio do Ministério da Fazenda, após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

 

 

"É especulação. Em nenhum momento isso foi cogitado. O que foi feito hoje foi uma reunião extremamente produtiva para falar de transição energética e transição ecológica que é uma grande janela de oportunidades, uma janela impar que vivemos de aproveitar a economia, a matriz energética do Brasil e as potencialidades", alegou.

 

Ele também negou que Lula tenha interferido na decisão. "O presidente Lula tem voz nas reuniões, mas ele jamais me deu um comando direto, a não ser através do Conselho de Administração".

 

Leia também: Cleitinho defende governo Lula sobre queda nas ações da Petrobras

 

Em entrevista ao SBT Brasil, Lula afirmou que houve uma conversa séria do governo com a direção da Petrobras após a decisão na última quinta-feira (7/3) de não distribuir dividendos extraordinários aos acionistas, o que levou a uma perda de R$ 55 bilhões no valor de mercado da petrolífera. O petista disse que a Petrobras não pode pensar apenas nos acionistas e se for atender "apenas a choradeira do mercado", não é possível fazer nada.

 

"Se for atender apenas à choradeira do mercado, não faz nada. O mercado é um dinossauro voraz, quer tudo para ele e nada para o povo", afirmou.

 

"Será que o mercado não tem pena das pessoas que passam fome? Será que as pessoas não têm pena de 735 milhões de pessoas que não têm o que comer? Será que o mercado não tem pena das pessoas que dormem na sarjeta no centro de São Paulo, no Rio de Janeiro? Será que o mercado não tem pena das meninas com 12 ou 13 anos que às vezes vendem o corpo por causa de comida?", questionou.