Gerson Pereira, 24 anos, gerente e proprietário da loja Casa Carnaval, já comemora aumento significativos das vendas -  (crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A/Press)

Gerson Pereira, 24 anos, gerente e proprietário da loja Casa Carnaval, já comemora aumento significativos das vendas

crédito: Alexandre Guzanshe/EM/D.A/Press

O carnaval de Belo Horizonte promete reunir cerca de cinco milhões de pessoas e movimentar a economia local, gerando emprego e renda em toda cadeia econômica da capital, principalmente nos setores de bares e restaurantes, comércio e hotelaria que em tempos remotos fecharam praticamente as portas durante a folia.

Em toda cidade, o carnaval é o mote das vendas. A expectativa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH) é que o movimento gere durante a festa um faturamento da ordem de R$1 bilhão entre os dias 28 de janeiro e 18 de fevereiro, para cerca de 44 mil negócios de todos os segmentos do comércio. “No ano passado houve uma grande movimentação de consumo que gerou um faturamento de R$ 720 milhões. Para este ano, a expectativa é que chegue a R$ 1 bilhão, já que a previsão é de um público ainda maior”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

De acordo com ele, o investimento conjunto da Prefeitura de Belo Horizonte e do governo do estado é um ganho para a organização do carnaval e deve atrair mais pessoas para a festa. Ele disse que a CDL/BH está pleiteando junto à prefeitura autorização para que comerciantes possam disponibilizar sanitários para os foliões. “As lojas poderão suprir a questão de sanitários limpos. Estamos aguardando um retorno da prefeitura ainda para essa semana”, afirma o presidente da CDL/BH.

De acordo com ele, como o carnaval da cidade é muito descentralizado, todo o comércio acaba se beneficiando, inclusive depois da festa. “Muita gente consegue juntar dinheiro no carnaval e depois acaba investindo aqui mesmo na compra de algo que esteja precisando. Todo mundo lucra e as pessoas se divertem”, afirma.

A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel-MG) projeta um aumento de até 18% nas vendas em relação ao carnaval do ano passado e um incremento de 19% em comparação com um final de semana comum, afirma Karla Rocha, que preside a entidade. Segundo ela, os estabelecimentos estão adequando seus cardápios para servirem pratos que atendam melhor quem está curtindo a festa.

O setor hoteleiro também espera um aumento da ocupação em relação ao ano passado, quando os hotéis da capital chegaram a ter uma lotação média de 73% durante os quatro dias de festa, com picos de ocupação de cerca de 90% no domingo e na segunda de carnaval.

A expectativa é que a ocupação média seja de 80% com picos de até 100% no domingo, dia historicamente mais movimentado da festa, afirma o consultor da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG), Maarten Van Sluys. Segundo ele, hoje a reserva de vagas para o carnaval está em torno de 40%, mas deve crescer com a proximidade dos dias oficiais da festa.

O setor também espera diárias médias 20% maiores que as praticadas em 2023. “O carnaval traz um aquecimento da roda virtuosa da economia, gerando renda para todos os setores envolvidos com a festa que tem atraído cada vez mais turistas”, avalia Sluys.

Para ele, o carnaval em Belo Horizonte tem se tornado cada dia mais atrativo, pois é barato, já que os blocos são abertos a todos, sem corda e sem que haja necessidade de comprar abadás para participar, é bem mais seguro. A maioria dos hóspedes, segundo ele, são do interior de Minas ou dos estados vizinhos, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo.

Vendas aquecidas

Gerson Pereira, 24 anos, gerente e proprietário da loja Casa Carnaval, na rua Goitacazes, no centro de Belo Horizonte, já registrou um aumento significativos das vendas, principalmente na semana passada que antecedeu a abertura oficial do carnaval, que se estende até o fim de semana seguinte à folia, quando muitos blocos ainda desfilam.

Pereira disse que o movimento de venda de fantasias e adereços em seu estabelecimento aumentou cerca de 15% na última semana e a expectativa é crescer ainda mais até a data oficial da folia, entre os dias 10 e 13 deste mês.

“A tendência desse segmento é se firmar cada vez mais, seguindo o ritmo do carnaval na cidade que cresce a cada ano”, destaca o comerciante que vende em sua loja produtos importados, mas também itens de fornecedores locais. A loja também comercializa roupas e adereços feitos na própria capital mineira, estimulando, segundo ele, a economia da cidade.

“É uma parceria onde todo mundo ganha e ajuda a fortalecer a economia local”, afirma Pereira, que pretende abrir as portas em meio período durante o carnaval para atender o folião atrasado que deixou para a última hora a escolher a fantasia e também para não perder nenhuma venda