Em coletiva, Fiemg divulgou balanço anual de 2023 e projeções para o PIB -  (crédito: Estado de Minas/D.A Press)

Em coletiva, Fiemg divulgou balanço anual de 2023 e projeções para o PIB

crédito: Estado de Minas/D.A Press

O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais deve registrar um aumento de 3,1% em 2023, valor acima do estimado para o PIB nacional, que tem a expectativa de alta de 2,9%. As estimativas são do balanço anual feito pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), na manhã desta quinta-feira (21/12).


Conforme o balanço, a alta no PIB mineiro foi puxada pelo crescimento do consumo das famílias, em especial, nos últimos trimestres, justificado pela melhora no mercado de trabalho e pela desaceleração da inflação. De acordo com o presidente da instituição, Flavio Roscoe, os números ainda serão fechados, mas o cenário é otimista para Minas Gerais. “Vale ressaltar que Minas Gerais tem apresentado indicadores superiores à média brasileira. Nos últimos dois anos, o PIB do estado registrou um crescimento 9,3% superior à média nacional, e a indústria mineira expandiu-se 37,3% além da média nacional do setor, contribuindo significantemente para a melhoria dos indicadores econômicos do Brasil”, pontua Roscoe.

 

 

Aumento na expectativa

Conforme o gerente de economia da Fiemg, João Gabriel Pio, ao longo do ano as expectativas em relação ao crescimento do PIB foram aumentando. De acordo com o economista, a expectativa para o crescimento da economia nacional era de 0,7%, e algumas instituições até mesmo sinalizavam a possibilidade de uma recessão. “Agora, é consenso que o PIB (nacional) crescerá entre 2,9% e 3,1%”, destaca. Segundo Pio, é comum baixa expectativa em relação ao crescimento do PIB no início do ano, em especial durante uma transição de governo. “Existia uma dúvida da política economia que seria adotada”, destaca o economista como um dos motivos de incerteza.

 

 


Ele classifica dois pontos como o principal motivo para melhora na expectativa: a divulgação do PIB referente ao primeiro semestre de 2023, em maio, em que o resultado superou as expectativas do mercado financeiro, e a primeira queda na taxa de juros Selic, feita em agosto deste ano.