A 21ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de Maceió (AL), que aconteceu no último domingo (26), foi marcada por embates entre o Grupo Gay de Alagoas (GGAL) e o prefeito da cidade, João Henrique Holanda Caldas (PL), mais conhecido como JHC.

Desde o início de novembro, os organizadores do evento estavam tendo problemas com a gestão municipal. A Prefeitura promoveu o evento “Maceió com Respeito”, que aconteceria no mesmo dia e horário da concentração da Parada, mas em outro local, o que muitos entenderam como uma forma de boicotar a organização oficial do evento.

 

A briga entre o GGAL e a prefeitura seguiu até a manhã do dia da Parada. E, desta vez, o trajeto foi o motivo de confusão. Ambos apresentaram ordens judicias e divergiram em relação ao ponto de partida do eventos. Os trios, que deveriam estar em frente ao Marco dos Corais — ponto turístico da orla — foram deslocados para a Praia de Sete Coqueiros.

 



Em vídeo compartilhado nas redes sociais horas antes do evento, o GGAL anunciou que conseguiram retomar a concentração da Parada para o Marco dos Corais, com auxílio do Tribunal de Justiça de Alagoas.

Após o céu escurecer, a multidão que esperava as tradicionais luzes natalinas da orla da Ponta Verde serem iluminadas foi recepcionada com sua ausência. Pela primeira vez desde a instalação, que ocorreu na quarta-feira (22), as luzes ficaram apagadas enquanto a parada passava.

Na tarde de domingo (26), o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), se manifestou contra as ações de JHC em seu X (antigo Twitter):

“Estou acompanhando os últimos acontecimentos que envolvem o movimento LGBTQIAPN+ em Alagoas e quero manifestar minha repulsa e indignação em relação à ação truculenta da Prefeitura de Maceió, por meio de sua Guarda Municipal, de tentar impedir a livre expressão de pensamento. Essa ação é um desrespeito aos princípios da nossa Carta Constitucional. O Tribunal de Justiça agiu rapidamente garantindo o direito à livre reunião e não compactuando com a visão de quem tem dificuldade de cooperar com a construção de uma sociedade que respeite a diversidade”, escreveu.

A Prefeitura de Maceió informou ao Estado de Minas que os equipamentos foram desligados visando 'resguardar a segurança da população' e 'evitar choques elétricos'.

 

 

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