"Acredito que componho imagens, tentando pegar a arquitetura das emoções", diz a artista paulistana Luiza Lian 

crédito: Larissa Zaidan/Divulgação


"A minha música é/Uma paisagem/Pra você entrar/E fazer sua viagem." A cantora e compositora paulistana Luiza Lian não poderia ser mais direta com a carta de apresentação de seu quarto álbum, "7 Estrelas/quem arrancou o céu?" (2023).

 

Tais versos, que abrem "A minha música é", primeira das 10 canções desse trabalho, servem ainda como um convite para embarcar no que ela propõe com o disco. E não é só música, está claro.


Eleito o show do ano em 2023 pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), o espetáculo homônimo ao disco chega a BH neste fim de semana. No sábado (27/4), Luiza leva o show para o Teatro Sesiminas. No palco, estará acompanhada do produtor Charles Tixier, que também gravou o álbum com ela, e das bailarinas Ana Noronha e Bruna Maia.

 


O que ela propõe é uma performance audiovisual, que vem amparada por projeções e iluminação cênica. "Falando de uma maneira geral, a minha música sempre acontece de um sentimento pessoal, algo que reflete o espírito de um tempo. Acredito que componho imagens, tentando pegar a arquitetura das emoções, transformando tudo em música e imagens", afirma Luiza sobre o conceito do trabalho.


Dois lados

Assim como no álbum, a canção "A minha música é" abre o show. "É uma música introdutória esteticamente, pois também apresenta os dois lados do disco. Um é mais robótico, outro é mais de canção, cristalino." E também assim como no álbum, o show é encerrado com "Deságua". A obra de Luiza tem flertes com a música brasileira, a eletrônica e o pop.


Para ela, "7 estrelas" ainda representa "a jornada de alguém que se perde e se reencontra". Luiza concebeu o espetáculo para ser apresentado em teatros. Estreou "7 estrelas" no Sesc Pompeia e já circulou com ele em um formato diferente. Integral mesmo, tal e qual no lançamento, ele volta a ser realizado somente agora.

 

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"O espetáculo foi pensado quase como uma ópera digital. Tudo tem o mesmo peso: música, cenografia, iluminação, projeções de vídeo e de laser. O repertório reflete essa jornada. Tanto que o espetáculo tem mais história do que um show, mas menos do que uma montagem de teatro teria. É uma trajetória sobre um mergulho no espelho, um reencontro (da personagem) consigo mesma e com a sua espiritualidade."


Neste sentido, as bailarinas têm diferentes papéis. "Há momentos em que estão compondo uma cena, em outroS fazendo um pouco o processo de atores coadjuvantes. Tem horas que são como uma extensão de mim, e há ainda aqueles que atuam como figurantes", afirma Luiza.


LUIZA LIAN
Show “7 Estrelas/quem arrancou o céu?”. Neste sábado (27/4), às 20h, no Teatro Sesiminas, Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia. Ingressos a partir de R$ 60. À venda no Sympla.

Outros shows

>>> JOVEM ORQUESTRA DE OURO BRANCO

Sob a regência do maestro Marcos Silva-Santos, a orquestra, formada por 20 músicos de Ouro Branco, vai executar em dois concertos obras de Sibelius, Anton Arensky, Alberto Ginastera e Nikos Skalkottas.

 

Participação da flautista Renata Xavier. No sábado (27/4), às 18h, na Capela de Santana, na Fazenda Pé do Morro, em Ouro Branco, com entrada franca. No domingo (28/4), às 11h, no Teatro Feluma, Alameda Ezequiel Dias, 275, 7º andar, Centro, em BH. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia). À venda no Sympla.


>>> DAN OLIVEIRA

O cantor, compositor e produtor musical relê o repertório do Clube da Esquina e também apresenta canções autorais. O show será domingo (28/4), às 19h, no Teatro de Bolso Sesiminas, Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia. Ingressos: R$ 40 e R$ 20 (meia). À venda no sympla.com.br