A cantora lírica Mônica Pedrosa no filme concerto "Cantos da memória" -  (crédito: Artur Souza/divulgação )

A cantora lírica Mônica Pedrosa no filme concerto "Cantos da memória"

crédito: Artur Souza/divulgação

A cantora lírica Mônica Pedrosa, ex-diretora da Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), morreu nesta quinta-feira (22/2), aos 62 anos, em Belo Horizonte, depois de ficar internada por quatro meses no Hospital Madre Teresa. A família não informou a causa da morte.


O velório ocorrerá na capela 3 do Parque da Colina nesta sexta-feira (23/2), das 8h30 às 11h30. Mônica era casada com o violonista Fernando Araújo e tinha dois filhos.

 

Ao lado de Araújo, Mônica executou projeto de valorização da canção erudita brasileira. Esse conteúdo está registrado no CD e livro de partituras “Canções da terra, canções do mar”. Também gravou composições de Francisco Mignone, trabalho lançado pelo Selo Sesc, disponível em todas as plataformas de streaming.

 

O último trabalho da cantora e professora é fruto de pós-doutorado realizado na Universidade da Califórnia, com o apoio da UFMG. Este projeto fez parte de pesquisas desenvolvidas no Laboratório da Canção Brasileira da Escola de Música da UFMG, coordenado pelo Grupo de Pesquisa Resgate da Canção Brasileira/CNPq.


Em 2023, Mônica Pedrosa e Fernando Araújo lançaram o filme concerto “Cantos da memória” no Conservatório UFMG, na capital mineira.

 

Mônica Pedrosa se graduou em canto pela UFMG em 1986. Em 1989, obteve o título de mestre em canto pela Manhattan School Of Music. Era doutora em letras e literatura comparada pela Faculdade de Letras da UFMG. Realizou pós-doutorado como professora visitante na Universidade da Califórnia, Riverside, em 2021 e 2022. Professora associada da Escola de Música da UFMG, dirigiu a instituição de 2014 a 2018.


Repercussão


"Força, inteligência e sensibilidade sempre definiram a Mônica. Também o respeito à arte, a sinceridade, a dedicação e o perfeccionismo", lamenta Luciana Monteiro de Castro, professora da UFMG. "Sua voz permanece no êxito de seus alunos, nos seus textos, nas suas gravações, nas realizações por nossa escola. Permanece a Mônica na admiração e no amor da família e dos amigos", afirma.

 

Mauro Chantal, professor associado da Escola de Música da UFMG, ressaltou o empenho de Mônica Pedrosa na valorização da canção brasileira de câmara.