Bruno Egler (guitarra) e Amanda Barbosa (bateria) entraram para a banda formada em 1992, na capital mineira, por Beto Nastácia (baixo) e Antônio Júlio (guitarra e vocais)  -  (crédito: Bia Gontijo/Divulgação)

Bruno Egler (guitarra) e Amanda Barbosa (bateria) entraram para a banda formada em 1992, na capital mineira, por Beto Nastácia (baixo) e Antônio Júlio (guitarra e vocais)

crédito: Bia Gontijo/Divulgação

Criada em BH, em 1992, a banda Tianastácia já passou por diversas formações. Os irmãos Antônio Júlio e Beto Nastácia são os únicos remanescentes do grupo original. Hoje, têm a companhia do guitarrista Bruno Egler e da baterista Amanda Barbosa. No início, integravam o grupo também Henrique Rodarte (guitarra), André Miglio (voz) e Cadu (bateria), que morreu em 1997, sendo substituído por Glauco Nastácia. Em 1996, Rodarte resolve deixar o Tia, e Léo Nastácia entrou em seu lugar.

Ainda naquele ano, a banda gravou seu primeiro CD, “Acebolado” (Cogumelo Records). No ano seguinte, foi a vez de Miglio deixar a banda, sendo substituído por Maurinho Nastácia, que ficou até 2019, e por sua vez deu lugar a Podé Nastácia, que deixou o Tia em 2022.

“Com essas vidas vividas do Tia, em que pé estamos hoje: acabou que assumi os vocais. Falo que eu era o zagueiro, a guitarra na base. Leozinho saiu e me botaram no meio de campo para fazer as guitarras base e solo. E agora fui para o ataque e sou o vocalista, mudando de posição dentro do time”, diz Antônio Júlio.

Ele conta que, quando assumiu a voz, comentou com Beto: “Estamos nessa há muito tempo, então temos que ter um bom senso, se não ficar bom, prefiro parar”. Segundo ele, no entanto, “o público e os contratantes estão gostando dessa nova formação”.

De sua parte, o guitarrista está se esforçando, inclusive fazendo aula de canto. “Aí volta aquele assunto de sempre, quando entra um, sai outro. Gosto de música, sou médico e músico e não consigo ficar sem ela, que é um remédio para a alma, o palco é nosso divã. Se todo mundo desistir, vou subir no palco e aí faço voz e violão. Parar, jamais, não consigo.”

A entrada de Amanda Barbosa, conforme ele diz, foi “uma sorte” para a banda. “É uma coisa muito legal, nessa questão que a gente vive hoje, da diversidade. Ela é muito tranquila e está indo muito bem. Então, acertamos a batera”, afirma.

Ele confessa ter tido “uma certa dificuldade em tocar e cantar, pois foram muitos anos somente tocando”. Mas isso ocorreu só “até conectar os neurônios”. Ele propôs ao “sócio” Beto o seguinte arranjo: “Topo cantar, mas a voz não pode estar mais ou menos. Aliás, nada pode estar mais ou menos. Vamos colocar um guitarrista e vou focar somente na voz. E quando ela estiver perfeita começo a ensaiar com guitarra e voltamos a ter duas guitarras, o que é muito legal em uma banda de rock”.

O guitarrista convidado foi Bruno Egler, que “está indo muito bem, cada show melhor do que o outro”, comenta Antônio Júlio.