Cena de Wallace e Gromit, que também foi produzido pelo estúdio Aardman -  (crédito: Jordanhill School D&T Dept /Flickr)

Cena de Wallace e Gromit, que também foi produzido pelo estúdio Aardman

crédito: Jordanhill School D&T Dept /Flickr

 A Aardman, estúdio inglês que é uma das principais referências do mercado de animação, passa por um problema de matéria-prima. A produtora de "A Fuga das Galinhas" e "Wallace e Gromit" sofre no momento com estoques baixos de argila, material utilizado para criar os personagens de todos os filmes e séries.

A argila é o principal componente da técnica do stop motion, em que os animadores modelam e fotografam elementos em diversas posições para depois, na edição, juntar tudo e dar a impressão de movimento.

 

De acordo com o jornal Telegraph, a Aardman utiliza desde a sua fundação nos anos 1970 uma variante da argila apelidada de Lewis Newplast. O material lembra a massa de modelar e é perfeita ao trabalho nas filmagens, deformando-se sem muito esforço e aguentando as altas temperaturas da iluminação usada pelo estúdio.

O problema é que a última fabricante da argila fechou as portas em março. O estúdio comprou todo o seu estoque depois do anúncio, mas agora lida com o final do volume acumulado. O montante de Lewis Newplast da empresa, no momento, só é suficiente para mais um longa-metragem ?no caso o próximo filme da série "Wallace e Gromit", que estreia em 2024 e que é filmado neste momento.

Ainda não se sabe como o estúdio vai contornar a crise, ou se ele já estuda um novo material para uso em seus filmes. O próximo longa da Aardman, a continuação de "A Fuga das Galinhas", estreia na Netflix em 15 de dezembro.