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Um grande número de empresas já entendeu que jamais poderão abandonar a visão e o desenvolvimento do seu processo de marketing global, pois, ela está inserida num processo que se caracteriza por mudanças constantes, alta concorrência, e cenários desafiadores, que exigem estudos intensos do
mercado.

É uma realidade marcante a necessidade da aplicação de novas tecnologias na produção e nos meios de ofertas de produtos e serviços ao mercado. Neste caso, o investimento em recursos digitais se torna determinante. Mas, não se pode confundir os objetivos, com as armas a serem utilizadas para atingi-los.

As melhores e mais modernas ferramentas de marketing precisam ser aplicadas, mas, elas devem ser utilizadas somente após a definição de estratégias de médio e longo prazos de marketing. Os sistemas digitais terão pouca eficiência se forem utilizados sem um sólido fundamento de atuação no
mercado.

Atualmente ter sistemas digitais em utilização é um pré-requisito. Empresas concorrentes utilizam instrumentos equivalentes, e isto torna as suas ofertas ao mercado muito semelhantes aos olhos dos clientes.

As organizações têm à sua disposição soluções operacionais para lidar com os clientes. Elas utilizam ferramentas e metodologias tais como marketing de conteúdo, funil de vendas, sistemas outbound e inbound, CTA, páginas dedicadas exclusivamente a uma oferta, sistemas tipo CRM, links patrocinados, sistemas e metodologias para viabilizar o processo de definição e atendimento
aos clientes. A integração desses recursos é chamada de marketing digital.

É importante registrar que eu não considero a utilização das ferramentas e metodologias digitais como sendo marketing digital. Existem diferenças que as empresas precisam reconhecer. Eu concordo com o professor Doutor Francisco Alvarez quando preconiza que: “para se fazer justiça, e usar os termos adequadamente, deveria se falar - marketing + vendas digitais -, e dessa forma começar a aprofundar o conhecimento e uso do termo marketing”.

O objetivo de vender produtos e serviços aos clientes certos, na hora certa, ao preço certo, e prestar o melhor atendimento pós-vendas, preferencialmente acima daquele esperado pelos clientes é uma obrigação. Assim, os meios digitais são hoje básicos para viabilizar esses atendimentos, mas, - não são o
marketing da empresa.

É incontestável que a disponibilidade de recursos e metodologias baseados em meios digitais facilitam as atividades das empresas e tornam a vida dos clientes mais confortáveis. Contudo, muitas organizações têm pecado profundamente nesta questão, pois, apostaram todas as suas forças nesses – instrumentos - e acabaram por perder o seu lugar no “coração” e na mente dos clientes.

Erros insuportáveis acontecem por falhas nos processos digitais. Posso citar como exemplo as empresas de telefonia e bancos. Elas oferecem insistentemente os seus serviços a clientes que já são seus usuários e possuem esses serviços, ou produtos físicos a clientes que acabaram de
comprá-los.

Apesar de toda a evolução, falhas infantis são cometidas. Para isso, eu recomendo que o pessoal do operacional se prepare melhor para se relacionar com o front-end. Erros como estes, e vários outros, são cometidos o tempo todo, e são casos que somente poderiam acontecer na Era paleozoica.

Ao se confundir os recursos digitais com o marketing, permite-se a ocorrência
de uma dispersão de marcas, porque, são muitas as ofertas com características, vantagens e benefícios muito semelhantes, e os compradores não as distinguem mais com facilidade.

Vencem no mercado as organizações que trabalham competentemente as suas estratégias e táticas de marketing, e assim, pensam de forma holística, estudam o mercado constantemente, definem os seus objetivos, as metas, estudam tudo sobre os concorrentes, e buscam fortalecer a sua marca junto ao
mercado. Além disso, utilizam os meios mais atualizados de relacionamento com os clientes e logística avançada.