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Orion Teixeira
Além do fato

Vácuo estimula candidaturas e desafia Simões

Apesar do poder da máquina pública que atua e atuará em favor da candidatura oficial, Mateus Simões (PSD), atual vice-governador, ainda não empolgou

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Simões, Cleitinho, Kalil, Pacheco, Falcão e Gabriel: com espaço aberto, políticos admitem entrar na briga
Simões, Cleitinho, Kalil, Pacheco, Falcão e Gabriel: com espaço aberto, políticos admitem entrar na briga Reprodução

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Nesse momento de pré-campanha, as ilusões são alimentadas por um fenômeno ruim para quem busca certezas e poder. Atende pelo nome de vácuo político diante da ausência de lideranças e de nomes mais competitivos. O fato é que, apesar do poder da máquina pública que atua e atuará em favor da candidatura oficial, Mateus Simões (PSD), atual vice-governador, ainda não empolgou. Por isso, vão pipocando pré-candidaturas. Muitos consideram que o espaço está aberto, admitindo aventuras.


O tempo na política é fator de descontrole, para pânico dos profissionais da comunicação e da política. O marketing cresceu e engoliu os políticos, e todos seguem o relator. Ainda assim, anda pecando nos resultados.


Tão explícito quanto o vácuo é a certeza de que não permanecerá assim e que muita água, com as impurezas oportunistas, vai passar debaixo da ponte. Quanto mais se antecipa esses processos, o sofrimento fica maior. Por quê? Em dois ou três meses na política, tudo pode mudar.


A hora, agora, é de sobreviver. Enquanto estiver vivo e filiado a um partido, as chances de disputa são reais. Para isso, é preciso fazer o dever de casa. Nem adianta se agarrar à polarização em Minas. Ela já ajudou a eleger, mas não será uma boa defender o bolsonarismo, principalmente para aqueles que só o faziam pelos benefícios eleitorais.


Tanto é que, no campo da direita, tem vários pré-candidatos, expondo desunião e fraqueza. Na esquerda, ao contrário, faltam coragem e pré-candidatos/as.


Kalil sonha com a 3ª via

Após conversa com o presidente nacional do PT, Edinho Silva, o ex-prefeito de BH Alexandre Kalil (PDT) não empolgou o petista, que já estava cismado. Kalil aposta em si mesmo, já que seu partido não é competitivo, desejando que o PT lance um nome, para ficar livre da polarização e livre-atirador contra Simões e Zema.


PT ainda tem medo


Desde a experiência malsucedida da gestão Fernando Pimentel, segundo o sucessor Romeu Zema, o PT ficou com medo de disputar as eleições. Desde 2018, há sete anos e duas eleições, não lança mais candidato a governador. Mais do que isso, perdeu até a capacidade de conversar com o principal líder do partido. Último a ser ouvido, qualquer dia virá de Brasília a ordem para apoiar o candidato X ou Y.


Pacheco: à espera de Lula

Ao contrário do que diz o presidente Lula, não é ele quem está esperando Pacheco. Em exclusiva a este jornal, Lula disse que não desistiu da candidatura dele ao governo de Minas. De maneira cordial, o senador agradeceu o gesto e nada cobrou. Aliados afirmam que, mais do que discurso, estão faltando gestos de Lula para organizar e viabilizar candidatura. Ele quer um partido de centro, como é seu perfil, para se filiar e saber também qual o arco de alianças irá apoiá-lo. Quem vai mexer primeiro?


Modo férias

Ninguém aguenta mais falar de candidaturas e projetos retrocessivos; todos querem férias. Os políticos foram aconselhados a discutir os desafios após as festas natalinas e um período de sol com a família.


Assembleia enterra o RRF

Nesta semana, a Assembleia Legislativa vai consolidar o enterro de luxo, de vez, do RRF, projeto adotado por Zema e pelos contadores que trouxe de fora. O Regime de Recuperação Fiscal é uma porteira aberta para a queima geral do patrimônio público. O regime exigia congelamento dos salários e de benefícios, venda de estatais, entre outras maldades ultraliberais. Durante os primeiros quatro anos, a Assembleia disse ‘não’. Nos quatro seguintes, abriu a pauta e agiu à sua maneira. Buscou alternativa, levando ideias e propostas ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), e construíram o Propag, Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados. Junto desse projeto menos danoso, conclui, na próxima quinta (18), sua aprovação, dando ao Estado as condições para zerar os juros da dívida bilionária. Tudo somado, Zema só não ficará como o derrotado, porque, ao final, sua gestão será a maior beneficiária, além de tentar faturar com os feitos.


Jequitinhonha vence a exclusão

Apesar de conseguir a venda da Copasa, o governo Zema sofreu derrota, na quarta (10), com a inclusão do Vale do Jequitinhonha no bloco do saneamento básico. Foi aprovada emenda coletiva dos parlamentares, anexando o Bloco Regional do Vale do Jequitinhonha ao bloco dos municípios atendidos pela Copasa, espalhados pelo Estado (581 municípios). Sob pressão dos privatistas, o projeto original de Zema havia excluído a região mais pobre de Minas e do país.


Futuro da Copasa: bancos

Em toda a tramitação da privatização da Copasa, três bancos abriram conversas com os deputados, interessados no grande negócio. BTG Pactual, Santander e Itaú vão disputar o filé.


Cemig está salva

Após o turbulento ano, a Cemig está livre da privatização zemista ou da federalização do Propag. De acordo com decisão da Assembleia Legislativa, a companhia criada por JK, há 73 anos, continuará sendo estatal e patrimônio público dos mineiros.


Estadual Central livre

Além desse tradicional colégio de alunos ilustres, ficaram livres do facão do governo estadual, o Palácio das Artes, o Memorial de Direitos Humanos e imóveis da UEMG, da Unimontes, do Ipsemg e da Emater-MG. Eram 343 prédios ameaçados; agora, são 242.

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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