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Após dois meses de programação, Minas Gerais encerrou o ciclo de conferências regionais e a etapa estadual voltadas ao debate sobre o mundo do trabalho. Ao todo, 13 cidades de diferentes regiões do estado receberam os encontros regionais, reunindo representantes de mais de 350 entidades e aproximadamente 2 mil participantes.
A conferência estadual ocorreu no fim de novembro e contou com a presença de quase mil participantes, além do ministro do Trabalho e Emprego, Luís Marinho, e do superintendente regional do trabalho em Minas Gerais, Carlos Calazans. Foram debatidos temas estratégicos para o desenvolvimento socioeconômico, como emprego, renda, qualificação profissional, tecnologia e inovação.
A iniciativa tem relevância direta para o setor mineral, um dos maiores empregadores do estado e fundamental para sua dinâmica econômica. A construção de espaços permanentes de diálogo entre setor produtivo, trabalhadores e poder público foi apontada como um caminho essencial para a geração e a manutenção de empregos dignos, contribuindo para um ambiente de trabalho mais qualificado, seguro e sustentável.
US$ 5 bilhões
é o valor esperado pela venda do Porto Sudeste e Mineração Morro do Ipê, do Mubadala e da Trafigura. Goldman Sachs e UBS BB foram mandatados pelos proprietários, para a venda conjunta da mina e do Porto
Livro sobre mineração e sustentabilidade é lançado durante congresso na UFMG
Foi lançado, durante o I Congresso Brasileiro de Direito da Mineração, o livro “Direito, Mineração e Meio Ambiente: Debates Contemporâneos”, organizado pelos professores Leonardo Alves Corrêa e Thiago Passos de Castro e Santos, ambos da Faculdade de Direito da UFMG. A obra nasce das atividades do EcoJusLab – Laboratório de Direito da Mineração e Recursos Naturais – e reúne contribuições de pesquisadoras e pesquisadores dedicados a repensar o papel da atividade mineral diante dos desafios socioambientais e das transformações econômicas em curso no país.
O livro aborda os conflitos e potencialidades que definem a relação entre mineração e meio ambiente, destacando que os minerais são essenciais à vida contemporânea e pilares da transição ecológica e tecnológica. Ao mesmo tempo, evidencia os impactos territoriais, sociais e ambientais inerentes à atividade, propondo caminhos jurídicos e institucionais que conciliem desenvolvimento, ética e sustentabilidade. O resultado é uma reflexão interdisciplinar que evidencia que o desenvolvimento mineral exige novos arranjos normativos, formas de pactuação social e governança qualificada.
O lançamento ocorreu no contexto do congresso realizado nos dias 4 e 5 de dezembro, na Faculdade de Direito da UFMG, que reuniu especialistas, autoridades e representantes do setor produtivo. A integração entre pesquisa acadêmica e debates públicos reforçou o objetivo central da obra: oferecer subsídios teóricos e práticos para pensar uma mineração orientada pelo território, pela responsabilidade ambiental e pelos interesses coletivos.
Minas amplia exportações com forte desempenho mineral
Minas Gerais alcançou US$ 41,4 bilhões em exportações até novembro de 2025, resultado 6,4% superior ao registrado no mesmo período de 2024. O desempenho reforça a relevância do setor mineral na pauta comercial do estado. Entre os produtos com maior avanço, o ouro se destacou com aumento de US$ 1,2 bilhão, o que representa uma alta de 70,4% nas vendas externas. As ferro-ligas também tiveram crescimento relevante, somando US$ 241,2 milhões a mais, equivalente a 11,9% de expansão.
No mês de novembro, os minérios de ferro responderam por 26,8% das exportações do estado, consolidando-se entre os itens mais representativos da balança comercial mineira. Esse avanço contribuiu para que Minas registrasse, pelo terceiro mês consecutivo, o maior superávit do país, atingindo US$ 2,3 bilhões no período. O cenário confirma o peso do setor mineral na geração de receita, no saldo comercial positivo e na expansão da presença mineira no mercado internacional.
“A exploração de terras raras é intensiva em tecnologia, exigindo processos complexos de extração e beneficiamento. Temos a oportunidade histórica de construir uma cadeia produtiva completa, do minério ao produto final de alta tecnologia”
“A exploração de terras raras é intensiva em tecnologia, exigindo processos complexos de extração e beneficiamento. Temos a oportunidade histórica de construir uma cadeia produtiva completa, do minério ao produto final de alta tecnologia”
Wadson Ribeiro
Ex-deputado federal, assessor da Finep
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.
