O reservatório da Hidrelétrica de Furnas, no Sul de Minas, está com 60,58% da capacidade de água armazenada neste início de ano -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press – 14/7/16)

O reservatório da Hidrelétrica de Furnas, no Sul de Minas, está com 60,58% da capacidade de água armazenada neste início de ano

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press – 14/7/16


O início do período chuvoso no Sudeste e Centro-Oeste traz alívio para as altas temperaturas e para os reservatórios das usinas hidrelétricas da região, responsáveis por cerca de 70% da energia armazenada no país. No Sistema Sudeste/Centro-Oeste os reservatórios estão com 60,58% de água, enquanto, os do Sul chegam a 88,55%, os do Nordeste com 49,03% e as usinas do Norte com 45,46%. Considerando Furnas, umas das maiores hidrelétricas do Sudeste em termos de energia armazenada, o volume de água no reservatório passa de 71%. A situação é de relativa tranquilidade, mas o Operador Nacional do Sistema Elétrico está cauteloso e monitorando a situação. Isso porque as chuvas estão abaixo da média e o consumo em alta por causa das temperaturas elevadas. Em janeiro de 2023 todos os subsistemas estavam com reservatórios com mais de 60% de volume de água e em Furnas o nível passava de 90%.

Diferentemente do início do ano passado, quando temperaturas amenas apontavam para uma redução no consumo de energia, este ano, segundo o ONS, as temperaturas muito altas na primavera e início do verão estão pressionando o consumo, que registra alta de 4,2% em 12 meses terminados em novembro, sendo que no penúltimo mês houve incremento de 12,5%. Em dezembro, segundo estimativa da Empresa de Planejamento Energético (EPE), a demanda por eletricidade cresceu 8,5%. A previsão é de que este ano o consumo de energia tenha crescimento de 3,5%. Com o aquecimento da demanda, o risco é de que os preços da energia comecem a subir, pressionando a inflação.

“Estamos observando, para janeiro de 2024, a convergência de fatores como a perspectiva de temperaturas elevadas, acima da média para o verão, carga em crescimento e afluência baixa. Esse cenário é acompanhado com bastante atenção, principalmente porque ele pode levar a demandas mais elevadas para atendimento da ponta de carga. Nestes casos, deve ser necessário recorrer ao despacho de recursos termoelétricos para complementar a rampa de carga em horários específicos”, afirmou o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi, ao divulgar as projeções de afluência para o mês de janeiro. Com chuvas abaixo da média histórica, a previsão do ONS é de que o nível de armazenamento em todos os sistemas fique acima de 50% ao fim deste mês.

O monitoramento feito pela ONS em relação às chuvas e ao consumo leva em conta também o aumento na geração, que reforça o sistema elétrico como um todo. Mas é preciso considerar que nem sempre o aumento da geração nem sempre tem impacto sobre os momentos de pico de consumo, quando é necessário contar com energia firme e intermitente, as fontes com maior crescimento de geração atendem a essa demanda. Com isso, é necessário o acionamento das termelétricas, que têm maiores custos de operação, encarecendo a conta.

De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), houve aumento na capacidade de geração de energia do país de 10,32 gigawatts (GW), superando levemente a meta fixada pela agência para este ano. O aumento no ano passado foi recorde, superando a marca de 9,53 GW registrada em 2016. Do total adicionado ao sistema elétrico nacional foram 140 parques eólicos 104 centrais solares fotovoltaicas (4,07 GW) 33 termelétricas (1,2 GW), 11 pequenas centrais hidrelétricas (158 MW) e três centrais geradoras hidrelétricas (11,4 MW). Na ponta do lápis, dos 10,32 gigawatts a mais em 2023, apenas 1,28 GW, ou cerca de 12%, são energia firme e intermitente, atendendo ao aumento de demanda na ponta do consumo. Com a expansão de 2023, o Brasil chega a quase 200 GW de capacidade instalada pra geração de energia elétrica.

 

Renda fixa

R$ 1 trilhão É a marca ultrapassada pela plataforma de negociação de renda fixa da B3, em títulos públicos federais desde 31 de julho, quando começou a operar


Mais adubo

De janeiro a outubro do ano passado, o Brasil importou 38,21 milhões de toneladas de fertilizantes, o que representou um aumento de 12,5% sobre igual período de 2022, quando o país recebeu 33,96 milhões de toneladas. Apenas em outubro foram 4,71 milhões de toneladas, um incremento de 21,9% sobre o mesmo mês de 2022. Mato Grosso lidera o ranking de importadores Os dados são da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda)

 

Acelerando

O setor de veículos seminovos e usados com 1.388.870 unidades vendidas, com o total em 2023 chegando a 14.448.434 veículos comercializados no país. O resultado com base em dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto) mostra crescimento de 9,1% em relação a 2022. Os veículos com 13 anos ou mais tiveram crescimento de 13,5% no acumulado do ano, somando 5.033.345 unidades.