Se você ainda não ouviu falar das famosas canetas emagrecedoras, prepare-se: elas já fazem parte das conversas, dos consultórios, das buscas do Google e principalmente das expectativas de quem luta contra a balança. São medicações recentes que atuam no cérebro diminuindo o apetite e facilitando o emagrecimento. São aplicadas uma vez por semana no abdômen, e são responsáveis por reduzir a fome, diminuir o desejo por doces e promover um emagrecimento rápido e expressivo. Para muitos, elas são uma revolução e uma promessa.


Em poucas semanas, o corpo perde peso, porém, biologicamente, a pele não acompanha o mesmo ritmo. E é exatamente aqui que entra a melhor amiga das canetas, depois do emagrecimento - a cirurgia plástica devolve o contorno, a firmeza, a segurança e a dignidade corporal.

Segundo o cirurgião plástico Rodrigo Credídio, a perda de peso acelerada é maravilhosa para a saúde e tem evitado, inclusive, que muitos pacientes precisem recorrer à bariátrica. “Mas, ao mesmo tempo, ela deixa a flacidez, que incomoda a maioria: excesso de pele no abdômen, volume nas mamas, excesso de pele nos braços, costas e parte interna das coxas. E é esse excesso que derruba a autoestima, justamente no momento em que o paciente esperava se sentir mais confiante.


Rodrigo Credídio descreve o que ocorre na prática: “Quando combinamos o emagrecimento proporcionado pelas canetas com a cirurgia plástica para retirar o excesso de pele, o resultado é expressivo. O paciente muda física e emocionalmente. A autoestima aumenta, a vida social melhora e, muitas vezes, até os relacionamentos ganham nova energia. A pessoa vende mais, se comunica melhor, se posiciona com mais segurança. É uma transformação por dentro e por fora”, comenta.


Uma das pesquisas mais completas do mundo sobre cirurgia plástica e autoestima foi publicada em 2022, no European Journal of Plastic Surgery. A meta-análise , considerada o tipo mais rigoroso de estudo científico, reuniu dados de 23 estudos científicos, 13 estudos com 1.232 pacientes analisados na autoestima e 1.083 pacientes analisados na imagem corporal.


O que os pesquisadores descobriram é extremamente relevante: a cirurgia estética melhora significativamente a autoestima, melhora ainda mais a imagem corporal, os efeitos são consistentes, estatisticamente comprovados e emocionalmente relevantes, ou seja, para milhares de pessoas, a cirurgia não é sobre futilidade, é sobre reencontrar o próprio corpo, a própria identidade e a própria história, é sobre finalmente pertencer a si mesmo.


“Quando você se gosta mais, você vive melhor. Seus vínculos mudam. A forma de se apresentar muda. A relação com o outro começa na forma como você se enxerga”, acrescenta Rodrigo.


Como escolher um cirurgião plástico?


Com a quantidade de propagandas e perfis no Instagram, escolher um cirurgião se tornou um desafio emocional, financeiro e ético. Por isso, Rodrigo nos deixa um guia simples e honesto para que não possamos cair em armadilhas:


1. Não escolha pelo Google ou Instagram.


Os primeiros nomes que aparecem são, quase sempre, os que mais pagam por tráfego. Não operam por indicação. Operam por propaganda. E propaganda não é currículo


2. Procure indicações de pessoas reais.


Ligue para amigas, familiares, colegas de confiança. Gente que fez, viveu, cicatrizou, teve pós-operatório. Indicação verdadeira é ouro


3. Consulte o CRM e confirme o RQE.


O RQE é o Registro de Qualificação de Especialista e é ele que diz se o profissional é realmente cirurgião plástico.

 

Rodrigo completa: “Por fim, marque uma consulta e perceba se você foi bem acolhida ou acolhido. Se sentiu-se respeitada ou respeitado. As ideias de vocês combinam? Um bom resultado começa na relação médico-paciente. Ainda existem médicos honestos e comprometidos. Eles só estão ofuscados pelos vigaristas”.

 

No final das contas, cada recomendação de Rodrigo Credídio nos lembra que uma cirurgia plástica começa na escolha. Começa na responsabilidade de honrar o próprio corpo com decisões maduras, profissionais qualificados e expectativas reais.


“A verdadeira transformação acontece quando deixamos de lutar contra o corpo e passamos a caminhar com ele, com respeito, ciência e coragem para nos reencontrar.”

 

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