Mãos com alianças -  (crédito: Pixabay)

Mãos com alianças

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Alguns casamentos a longo prazo tendem a deixar que a disputa entre em cena, e quando isso ocorre, os dois perdem para ela. É importante reforçar que em uma relação, ambos estão do mesmo lado, não são adversários.

Ao invés de achar que é o certo, o ideal é apontar os próprios erros e tentar ser notável pela outra pessoa e por todos à sua volta. Pegar uma folha em branco e anotar alguns pontos. Talvez a pessoa fique assustada no início, porque é habitual que todo novo comportamento assuste. Ela vai questionar, mas acredite, essa é uma técnica poderosa no relacionamento para melhorar a comunicação e reduzir a disputa.

Nessa folha em branco, a pessoa escreve que a outra precisa melhorar. É importante que ambos estejam dispostos a racionalizar o problema, com mais diálogo, como dois cúmplices pelo mesmo objetivo. Além de racionalizar o problema, isso vai tirar a disputa da jogada e a inteligência emocional será usada a seu favor.

Sócrates tem uma frase que diz assim: “Conhece-te a ti mesmo, torna-te consciente de tua ignorância e serás sábio”. Outra frase de Dale Carnegie que gosto muito é: “Melhorar a si mesmo é muito mais lucrativo do que tentar melhorar os outros”.

Com essas duas frases, cheguei à conclusão de que, com a comunicação passiva, você é capaz de expressar ideias que estimulam comportamentos favoráveis, gerenciando as emoções. Como tudo na vida, isso precisa de um trabalho de autoconhecimento - uma construção interna.

Em se tratando de comunicação, a escutatória é nossa aliada. Ao deixar a pessoa concluir sua fala e a ouvimos com atenção, damos o primeiro passo para compreender o que passa no mundo do outro. Escutar é conhecer o mundo do outro. É trocar a frase “Você não me entende” por “Se você não entendeu é porque eu não expliquei direito”.

Em uma discussão, se eu primeiro olho para os meus erros, gero um comportamento favorável para o diálogo, aumentando a admiração um pelo outro, além de instigar a curiosidade - uma das emoções universais do mundo. Pelo fato de não sermos instruídos a admitir nossos erros, conseguimos captar a atenção de quem está conosco, gerando mais conexão no diálogo.

O relacionamento que utiliza as técnicas da comunicação passiva enriquece os dois, um respeita o outro, aumenta a cumplicidade, e, com isso, a admiração e a intimidade ficam fortalecidas. Consequentemente, a relação íntima do casal se torna muito mais prazerosa.

De acordo com o professor John Grinder, da Califórnia (EUA), a comunicação e a emoção andam juntas. A emoção é o principal elemento que define como interagimos com o ambiente externo, e é exatamente por isso que reforço dizendo que trabalhar a inteligência emocional é primordial para um relacionamento saudável. Emoções positivas geram comportamentos positivos. As emoções nos conectam e nos aproximam.

Nossas emoções são a base do relacionamento humano. Por trás de nossas atitudes existem processos emocionais cognitivos e fisiológicos inconscientes, que interferem na tomada de decisão. Por isso, é importante racionalizar para conduzir os processos emocionais.

Administrar emoções contribui para o início de um diálogo. O segundo passo é observar o outro sem julgamentos e sem críticas. Sabemos que observar o outro sem criticar e sem julgar é um processo de autoconhecimento, e, quando estamos dispostos a isso, estimulamos nosso cérebro para novos comportamentos. O autoconhecimento é um dos aspectos mais importantes da natureza humana.

A partir do momento que trabalhamos o autoconhecimento, conseguimos identificar nossos pontos fortes e limitações. A partir daí, podemos afirmar a importância de investir em ferramentas que desenvolvem o autoconhecimento para que possamos sempre ter mais clareza na comunicação, mantendo a harmonia, gerando vínculos e cada vez mais sermos compreendidos.

E você? Sabe se comunicar com o seu cônjuge?