O Cruzeiro fez uma partida gigantesca contra o Corinthians, venceu por 2 a 1, no tempo normal, com dois gols de Arroyo, e levou a decisão para as penalidades. Yuri Alberto perdeu a sua cobrança e todos os cruzeirenses marcaram até o quarto pênalti. Gabigol, que entrou só para bater a penalidade, atrasou a bola para Hugo e deixou o Corinthians vivo. Uma cobrança bisonha, vergonhosa, de alguém que parecia incomodado pela reserva; R$ 3 milhões por mês para perder a penalidade mais importante.
O Corinthians empatou e nas cobranças alternadas, Walace, outro reserva de luxo, bateu muito mal. Bidon fez o quinto gol do Corinthians e selou a classificação para a final. Perder pênalti batendo forte, no canto, e o mérito sendo do goleiro que pega, tudo bem, mas bater como bateram Gabigol e Wallace é uma vergonha.
Gabigol mudou sua forma de bater, pois sempre dava uma parada e deslocava o goleiro. Ele simplesmente atrasou a bola para Hugo, que já o conheci da época do Flamengo. Vergonha!
ANO DO CRUZEIRO
Um ano mágico do Cruzeiro com uma campanha brilhante no Brasileirão, onde bateu de frente com Flamengo e Palmeiras, ganhando 8 pontos em cima deles, sem perder para os rivais, brigando pela taça até as rodadas finais.
Um time que começou muito mal no Mineiro, com Fernando Diniz como técnico e um trabalho pífio. Foi aí que Pedro Lourenço, dono do time e presidente, perguntou a Diniz, após uma derrota: “Você acha que ainda tem condições de conduzir esse grupo”? Diniz disse que “sim”, mas Pedrinho já havia tomado a decisão e o demitiu.
O Cruzeiro flertou com Renato Gaúcho, que pediu um salário absurdo, mas o casamento aconteceu com o português Leonardo Jardim, que chegou com carta branca para mudar o que quisesse. Mandou embora Dudu e Marlon, barrou Gabigol e foi montando seu grupo ao seu estilo. O time foi crescendo, ganhando confiança, com vários jogadores recuperando seu futebol. O mister caiu nas graças da torcida e da diretoria, mas ainda faltava o algo mais.
E esse algo mais veio quando o vice de futebol e também dono Pedro Júnio resolveu ser o homem-forte do futebol. Foi no empate com o São Paulo, no Morumbi, e de lá para cá, o time engrenou vitórias sucessivas, fazendo essa campanha espetacular, que só não culminou com o título brasileiro porque a arbitragem, sempre ela, tomou 15 pontos do Cruzeiro.
Como tem sido bom ver o torcedor exibindo a camisa azul nos quatro cantos do mundo. A volta à Libertadores, em 2026, premiou o trabalho maravilhoso feito até aqui. Vale lembrar que o Flamengo fatura R$ 2 bilhões anuais, e o Palmeiras, R$ 1.4 bilhão. Já o Cruzeiro, entre patrocínio e cota de tv, cerca de R$ 350 milhões. Porém, tem donos apaixonados, que não se furtam a investir, tirando milhões do próprio bolso para montar um time em condições de disputar com seus pares.
O Cruzeiro paga suas dívidas rigorosamente em dia e muitas das vezes, até de forma antecipada. Um clube que busca o equilíbrio financeiro, que deverá vir com o tempo. Pedrinho e Pedro Junio trabalham para tornar o Cruzeiro autossuficiente financeiramente.
O Cruzeiro vive neste 2025 um ano mágico, depois de passar por quase insolvência por gestões fraudulentas e canalhas. Homem que salvou o clube da falência, Pedro Lourenço é um grande ídolo da torcida. A gratidão é percebida nas manifestações no Mineirão (“Toca 3”) ou como aconteceu sábado, antes da viagem do time para o jogo de ontem.
Pedrinho teve seu nome gritado por mais de 5 mil cruzeirenses que foram à Toca 2, apoiar os jogadores. Enfim, o Cruzeiro ressurgiu das cinzas e hoje é novamente protagonista do futebol brasileiro e sul-americano. Como diz o hino: “Cruzeiro, Cruzeiro querido, tão combatido, jamais vencido”.
