O meio-campista Gustavo Scarpa não conseguiu ajudar o Atlético a ter vida mais fácil contra o Sport, na Arena Pernambuco -  (crédito: Pedro Souza/Atlético)

O meio-campista Gustavo Scarpa não conseguiu ajudar o Atlético a ter vida mais fácil contra o Sport, na Arena Pernambuco

crédito: Pedro Souza/Atlético

 

Os grandes times brasileiros tiveram dificuldades em passar para as oitavas da Copa do Brasil, enfrentando adversários de segunda e terceira linhas do futebol nacional. Isso se deve ao péssimo trabalho de treinadores que ganham fortunas e não sabem sequer ensinar um jogador a dominar a bola.


O Flamengo penou para ganhar do “poderoso” Amazonas, que massacrou e perdeu chances incríveis. O rubro-negro de Tite é o time mais mal treinado do Brasil, pois, teoricamente, tem dois bons jogadores por posição e joga com o freio de mão puxado. O treinador não consegue dar padrão de jogo, qualidade e organização. Mais parece um bando em campo, onde cada um tenta resolver à sua maneira.


Pior é ouvir a coletiva desse técnico. É o mesmo “Rolando Lero” de seis anos no comando da Seleção Brasileira, que foi eliminado por Bélgica e Croácia, nos Mundiais da Rússia e do Catar. Esse “encantador de serpentes” já não engana mais ninguém e quando a torcida começa a mandar o técnico “tomar caju” é porque o fim da linha para ele está chegando.


O Atlético foi derrotado pelo Sport por 1 a 0, mas levou a vantagem de ter feito 2 gols no primeiro jogo, classificando-se para a próxima fase. Aquele que praticava o melhor futebol do país, até então, vem de dois jogos muito ruins.


Mas o técnico Milito deu organização à equipe e mudou a forma de ela jogar. Gosto do trabalho dele e nem sempre a equipe vai se portar bem. Ele até assumiu a culpa pelo péssimo jogo de quarta-feira, ao contrário de Tite, que nunca assume nada e sempre joga a culpa nos jogadores.


O Sport perdeu muitos gols, mas o Galo reclama, e com razão, de um gol de Paulinho anulado. Ora, se a jogada aconteceu na cara do árbitro e ele não viu falta, para que ouvir o chamado do VAR? O cara tem de ter personalidade e manter o gol. Mas, os árbitros brasileiros são uma vergonha e não assumem mais nada.
O técnico português José Mourinho criticou o VAR e é a favor da extinção do dispositivo. Ele pensa como eu, pois quem traça as linhas de impedimento, por exemplo, torce para algum time, e se for o time dele jogando? O Atlético poderia ter sido eliminado por mais um erro grosseiro da arbitragem e caso isso acontecesse, quem iria ressarcir o clube?


Fluminense, Corinthians, Vasco, todos tiveram dificuldades para avançar na Copa do Brasil, o que mostra a realidade que venho apontando há tempos: o futebol brasileiro está na lama, com péssimos dirigentes, jogadores, árbitros e imprensa. Sim, hoje temos mais torcedores com o microfone e milhões de “imbecis a segui-los”, como muito bem colocou o poeta e escritor italiano Umberto Eco, do que jornalistas diplomados e formados.


No passado, assistíamos aos treinos à beira do gramado. Os técnicos eram Telê Santana, Carlos Alberto Silva, Vanderlei Luxemburgo, Emerson Leão, Candinho, Muricy Ramalho e outros consagrados, que não tinham medo de mostrar o trabalho do dia a dia. Hoje, os técnicos escondem treinos, a imprensa não pode entrar nos CTs e nos jogos a gente percebe que eles não sabem nada.


Os diretores de futebol eram apaixonados pelo clube e pelo trabalho. Ivo Melo era uma referência para todos nós. Hoje, temos “diretores executivos”, alguns acusados de dividir comissão em negociações com empresários. Há vários relatos de jogadores que se tornaram públicos.


Enfim, o futebol brasileiro, como disse o presidente do Atlético-GO, caminha a passos largos para fechar as portas. Isso sem contar com a CPI da Manipulação de Resultados, que segue no Senado Federal, sob o comando do senador Jorge Kajuru. A expectativa é de que não termine em “pizza”.


E quando a gente critica o péssimo futebol, sempre há aqueles que dizem: “O importante foi a classificação, a qualidade fica em segundo plano”. Se é isso que o torcedor quer, é exatamente isso que ele tem. Jogos sofríveis, técnicos enganadores e ex-jogadores em atividade, que são mandados embora da Europa e aportam por essas bandas, ganhando milhões e enganando os “trouxas”. Pobre futebol brasileiro. Até quando?

 

DESCANSO

Vou me ausentar desse espaço por uns dias, prometendo voltar em breve.