O técnico Dorival Júnior dá instruções aos jogadores brasileiros durante amistoso contra a Espanha, em Madri -  (crédito: Pierre-Philippe MARCOU / AFP)

O técnico Dorival Júnior dá instruções aos jogadores brasileiros durante amistoso contra a Espanha, em Madri

crédito: Pierre-Philippe MARCOU / AFP

A Seleção Brasileira empatou com a Espanha por 3 a 3, no Estádio Santiago Bernabéu, e voltou para casa invicta, com uma vitória e um empate. Não foi uma exibição como a feita em Londres, pois a Espanha amassou o Brasil no primeiro tempo, com destaque para o jovem Lamine Yamal, que joga demais. Ele comandou o jovem time espanhol. O Brasil melhorou muito na parte final.

Tivemos um saldo positivo, pois é apenas começo de trabalho. O árbitro português Antônio Nobre foi a nota ruim do jogo. Marcou duas penalidades inexistentes para os donos da casa. O Brasil empatou no último lance do jogo, em penalidade sofrida por Endrick. Carvajal puxou a perna do brasileiro.

Estou gostando deste começo do técnico Dorival Júnior, mas sei que temos muito a evoluir. A Espanha fez marcação alta desde o começo do jogo desta terça-feira (26/3) e não deixava o Brasil andar em campo. O time de Dorival foi surpreendido. A equipe brasileira não passava do meio-campo e não conseguia armar os contra-ataques. Vini Júnior, perseguido de forma desumana pelos racistas, jogava em casa, mas não encontrava boa vida com seu companheiro de clube Carvajal.

A Espanha abriu o placar com um pênalti que na minha visão não houve. Rodrigo bateu e fez Espanha 1 a 0. Diferentemente do jogo com a Inglaterra, o time brasileiro estava sem saída de bola e não conseguia ameaçar o goleiro Unai Simón. E Olmo fez um golaço, aumentando o placar para 2 a 0. Ele deu uma caneta em Beraldo, na área, cortou Bruno Guimarães e chutou no ângulo.

A coisa estava feia para Bento e o time brasileiro. Por sorte, o goleiro Unai Simón fez uma lambança e entregou a bola nos pés de Rodrygo, que diminuiu. O time brasileiro, atordoado, foi para o intervalo no lucro, pois tomou um vareio no primeiro tempo.
Dorival Júnior tem estrela. Voltou com Hendrick no lugar de Rafinha e o garoto brilhou novamente. Escanteio cobrado por Andreas Pereira, Paquetá desviou de cabeça no primeiro pau, a zaga afastou mal e Endrick finalizou de primeira, empatando a partida. 2 a 2.

O time brasileiro era guerreiro e vale lembrar que era apenas o segundo jogo nesta nova era. Dorival foi fazendo suas alterações, como fez em Londres. A Espanha atormentava, mas o time brasileiro tinha uma postura melhor.

O péssimo árbitro marcou outro pênalti, em Carvajal, que também não existiu. Ele tropeçou na perna do zagueiro Beraldo. Rodri bateu pela segunda vez e fez 3 a 2 para a Espanha graças ao árbitro português (assoprador de apito), que marcou duas penalidades inexistentes.

O Brasil não desistiu e tentou alguma coisa pela esquerda. Porém, o destaque era Lamine Yamal, que foi o dono do jogo, com jogadas e dribles maravilhosos, mostrando que realmente é um dos craques da nova geração.

Mas o Brasil não estava morto. Endrick sofreu pênalti de Carvajal e Paquetá bateu, empatando em 3 a 3.

Acredito que pelo começo de trabalho de Dorival Júnior, nos dois jogos, dá para termos esperança de um novo Brasil, que reconquiste sua torcida. O caminho é este. Faltam dois anos e três meses até a Copa do Mundo de 2026 e a nossa garotada está dando confiança.

Mas nem tanto ao céu, nem tanto à terra. É apenas o início de um trabalho, numa terra arrasada deixada por Tite. Dorival terá muito trabalho, mas está dando chance aos jovens e acabando com a “panela” deixada por Tite.

Se não fosse o péssimo árbitro português Antônio Nobre, o resultado poderia até ser outro. Ele estragou o espetáculo ao marcar duas penalidades inexistentes. Como eu disse, porém, o importante nessa fase não são os placares e sim a consistência de um novo time, a confiança dos jogadores e a dedicação do novo técnico. Acredito que estamos no caminho certo.