Condenado por estupro, o ex-lateral da Seleção Brasileira Daniel Alves está preso em Barcelona, na Espanha -  (crédito:  Jordi BORRAS / POOL / AFP – 23/2/24)

Condenado por estupro, o ex-lateral da Seleção Brasileira Daniel Alves está preso em Barcelona, na Espanha

crédito:  Jordi BORRAS / POOL / AFP – 23/2/24

O estuprador Daniel Alves está preso em Barcelona e o MP e Promotoria querem aumentar a pena de 4 anos e 6 meses para 9 anos em regime fechado. Circulou um fake News dizendo que o “jogador teria tirado a vida na cadeia”. Mentira. Pior foi ver seu assessor dizer que o irresponsável que publicou isso “deveria ser preso”. Claro que ele errou ao divulgar uma notícia mentirosa, mas calhorda e canalha é quem estupra alguém. Robinho, outro estuprador, condenado a 9 anos na Itália, terá julgamento no dia 20, em Brasília, pois o governo italiano pediu para que ele cumpra a pena no Brasil, que não extradita seus cidadãos. Por enquanto ele frequenta praias, futevôlei e churrascos, mas poderá se juntar a população carcerária, e sem nenhuma regalia, já que não tem curso superior. Engraçado foi ver o Lula dizer que “Robinho deveria ser preso”. Logo ele, ex-presidiário, que saiu da jaula para governar o país. É mesmo o “poste mijando no cachorro”.

Os casos de violência contra mulheres, cometidos por jogadores, são inúmeros, e a maioria sai ilesa, sem nenhum tipo de pena. O dinheiro e a fama falam mais alto. O caso mais recente foi do lateral-direito, Wesley, do Flamengo, acusado de ter agredido um rapaz, num quiosque, na Barra da Tijuca. O agredido fez exame de corpo de delito e prestou queixa. O Flamengo não se manifestou, mas o caso está entregue a Marcos Braz, vice de futebol, logo ele que, recentemente, se envolveu em uma briga no Barra Shopping, agredindo um rapaz, inclusive mordendo sua virilha. Há alguns dias, fez um acordo e o caso foi arquivado. Não sabemos que tipo de acordo foi feito. Mais uma vez, “o poste mijando no cachorro”, pois se Marcos Braz agrediu alguém, recentemente, que moral terá para interpelar o jogador rubro-negro?

Eu já coloquei aqui neste espaço, milhares de vezes, para usar uma hipérbole, que dinheiro não compra caráter, educação e berço. Infelizmente o Brasil é um país que não investe na educação e a única forma de ascensão rápida para os jovens da periferia e favelas é o futebol. Os jogadores saem do zero a 100 mais rápido que uma Ferrari e acham que por terem fama e dinheiro podem tudo. Não estão preparados para o sucesso, nem tampouco para viver numa sociedade de bem. Há um bando de asseclas que os cercam e dizem sim, como as vaquinhas de presépio, até para os erros que cometem.

Vivemos um mundo violento, doente, onde alguns idiotas acham que ter vale mais do que ser. Há casos de estupro de jogadores europeus, denunciados. O mais grave foi do lateral Mendy, do Manchester City, acusado de estuprar sete mulheres, em Londres, mas ele foi absolvido de todas as acusações. O City o mandou embora e ele agora cobra reparação na Justiça, pois teve a imagem agredida e deturpada. Recentemente, o jogador italiano Giovanni Padovani, de 28 anos, pegou prisão perpétua ao matar a ex-namorada com um taco de beisebol e com um martelo, num crime hediondo. Os casos são muitos, mas é preciso dar um basta. Claro que acontece em todos os segmentos da sociedade, mas, no caso dos atletas, há uma grande repercussão, pois trata-se de gente famosa e com muito dinheiro.

Para fechar, em se tratando do nosso país, em 1960, a Coreia do Sul, onde estive uma dezena de vezes, era como o Brasil, corrupta e violenta. Os governantes resolveram investir na educação e hoje a Coreia é um orgulho para a Ásia e para o mundo, um país belíssimo, uma cultura fabulosa e um povo educado e cortês, além de ter uma economia pujante. Tudo na vida se baseia na educação e não no dinheiro. Com o dinheiro você compra carros, iates, jatos, mas jamais comprará educação e berço, que é aquilo que você recebeu dos seus pais na infância. Jogadores de futebol têm status de celebridades de Hollywood, mas um comportamento bem distante dos grandes astros do cinema. Que essa chave possa virar para melhor.