"Hoje, estou em remissão", afirma Susana Vieira, que fez quimioterapia e a imunoterapia para tratar a LLC

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Não são só as mulheres internacionalmente conhecidas que conseguem ver publicados nas revistas e jornais seus problemas de saúde. Acontece também com as brasileiras, como a atriz Susana Vieira, cujo depoimento sobre a leucemia vem ajudar as possíveis vítimas.

 


Ela teve um tipo de câncer no sangue que pode não apresentar sintomas em algumas pessoas. Mas, assim como a maioria das doenças, especialmente o câncer, o diagnóstico precoce faz toda a diferença na busca pela cura.

 


É por isso que publicamos matérias sobre a leucemia linfocítica crônica (LLC), um dos tipos mais comuns da doença, e seu impacto na vida das pessoas, anônimas e famosas, com o objetivo de estimular a conscientização e o cuidado com a saúde.

 


“O diagnóstico de leucemia linfocítica crônica não é uma sentença de morte. Eu aprendi isso conforme conheci mais a doença durante o meu tratamento”, afirmou Susana Vieira. “De início, foi um choque. Não apresentei qualquer sintoma que indicasse ter leucemia. Fui fazer alguns exames para uma cirurgia, entre eles o de risco cirúrgico, que incluía exame de sangue. Eu tinha um número bem alto de linfócitos, por isso o médico que preparava a cirurgia me indicou procurar um especialista, e aí veio o diagnóstico. Todo o meu tratamento foi exatamente como orientado pelo hematologista”, relembrou a atriz.

 

 


Susana foi submetida a dois tipos de terapia: quimioterapia e a imunoterapia. “Eu tinha muito receio do que aconteceria durante o tratamento, mas felizmente não tive reações e mantive o alto astral. Hoje, estou em remissão. Ouvi isso do meu médico, o que me deixou muito feliz e agradecida por ter tido acesso a um tratamento para a LLC. Desejo que todos aqueles que precisarem tenham a mesma oportunidade de uma experiência positiva no tratamento”, concluiu.

 


“Leucemia é uma palavra que assusta o mais distraído dos seres humanos”, observa o médico Marcos Daniel. A leucemia linfocítica crônica é sempre lembrada na campanha Fevereiro Laranja. “Esta doença tem como principal característica o acúmulo lento de linfócitos no sangue e nas ínguas, sendo que 30% dos pacientes não precisam receber tratamento específico. Os principais sintomas que indicam necessidade de tratamento são fadiga progressiva, suores noturnos e aumento das ínguas”, informa.

 


No Brasil, há medicações inteligentes que atacam alvos específicos dessas células, promovendo o controle da doença e de seus sintomas, esclarece o doutor Marcos.

 


“A utilização de quimioterapia clássica está praticamente abolida. Por podermos usar medicações inteligentes, os efeitos colaterais são melhor suportados, tornando o tempo de tratamento mais fácil de ser vivido. Portanto, ao se deparar com alguma dúvida a respeito do termo leucemia, antes de tirar conclusões precipitadas e dar espaço para a ansiedade, procure um especialista, o hematologista, para caminhar junto com você”, aconselha Marcos Daniel.