Estudos recentes mostram maior risco de desenvolvimento de câncer de próstata em homem com massa corporal elevada
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Estudos recentes mostram maior risco de desenvolvimento de câncer de próstata em homem com massa corporal elevada

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Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum (10,2%) entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. A doença afeta principalmente homens a partir dos 60 anos. Métodos diagnósticos têm contribuído para o aumento na expectativa de vida, com percentual alto de chance de cura, atingindo 90% em casos de detecção precoce.

 

Como o diagnóstico envolve o toque retal, exame que ainda é cercado de polêmicas, muitos homens relutam em realizá-lo em função do preconceito. Nesse sentido, um dos objetivos do Novembro Azul é justamente quebrar esses tabus e conscientizar a população masculina de que os cuidados com a saúde devem ser colocados acima dessas barreiras.

 

A próstata é uma glândula que apenas indivíduos do sexo masculino possuem. Em seu interior passa a uretra, detalhe anatômico que explica o motivo das alterações prostáticas originarem dificuldade para urinar, queixa comum acima dos 50 anos. Na maioria dos casos, essa dificuldade é causada pelo aumento prostático, que ocorre com o avançar da idade e recebe o nome de hiperplasia prostática benigna.

 

 

O câncer de próstata se instala numa área qualquer da glândula. À medida que cresce, vai ocupando gradativamente os lobos direito e esquerdo da próstata. Nas fases mais avançadas, invade por continuidade a cápsula que reveste o órgão, para depois chegar aos tecidos ao seu redor, incluindo as vesículas seminais.

 

Em tumores mais volumosos, o paciente sente dificuldade para urinar, ardor e jato urinário fraco, acorda à noite várias vezes para urinar, apresenta gotejamento de urina após completar a micção e, mais raramente, queixa-se de dor e da presença de sangue na urina e no esperma. Com o passar do tempo, as células malignas podem atingir os linfonodos adjacentes, cair na corrente sanguínea e acometer outros órgãos.

 

Para investigar os sinais e sintomas de um possível câncer de próstata e descobrir se a doença está em desenvolvimento ou não, são feitos basicamente dois exames iniciais: o teste clínico de toque retal e o exame de PSA (exame de sangue que quantifica um tipo de proteína produzida pela próstata). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.

Alguns fatores podem aumentar as chances de um indivíduo desenvolver câncer de próstata:

• Idade – O risco aumenta com o passar dos anos. No Brasil, a cada 10 nascidos do sexo masculino diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos.

 

• Histórico de câncer na família – Indivíduos cujo pai, avô ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos estão no grupo de risco.

 

• Sobrepeso e obesidade – Estudos recentes mostram maior risco de desenvolvimento de câncer de próstata em indivíduos com massa corporal elevada.

 

Como prevenir? Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco do desenvolvimento de câncer, como também de outras doenças crônicas não-transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

 

No Brasil, existem algumas empresas de base tecnológica capazes de desenvolver testes revolucionários. É o caso da Invitrocue Brasil que, investindo na tecnologia de organoides, chegou ao desenvolvimento do teste onco-PDO (organoides derivados do paciente).

 

O onco-PDO leva em conta que cada paciente é único, e isso ajuda o médico a traçar a melhor estratégia terapêutica para aquele paciente específico. Disponível no Brasil para câncer de mama, pulmão, colorretal, pancreático, gástrico, próstata e ovário, o teste permite que o médico escolha oito de 60 drogas para testagem e o resultado demonstrará como as células responderam em laboratório.

 

O relatório, gerado em até 21 dias, fornece informações de como os organoides derivados do paciente reagiram aos diferentes tratamentos testados.