Apesar da desaceleração do mercado automotivo brasileiro nos últimos anos, a indústria segue otimista com o futuro dos negócios no país. De acordo com Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea, a associação que reúne fabricantes do setor, os investimentos no ramo poderão totalizar R$ 100 bilhões até 2029 – se confirmado, será o maior patamar da história. O executivo fez a projeção a partir dos resultados de uma pesquisa com associados. “Há inclusive a possibilidade de ultrapassar esse valor”, afirmou Leite. Ressalte-se que, em janeiro, a produção de veículos ficou estagnada em relação a um ano atrás, o que se deve sobretudo à queda nas exportações. Uma das grandes apostas das montadoras é o segmento de carros elétricos, que ainda ocupa pouco espaço no Brasil. Elas também esperam aproveitar a queda da Selic, a taxa básica de juros, que deverá impulsionar o crédito para a compra de automóveis.

Lucro dos bancos privados encolhe em 2023

O desempenho em 2023 dos quatro maiores bancos privados do país pode ser dividido em dois grandes blocos. De um lado, estão Itaú e BTG Pactual, que aumentaram os seus lucros. De outro, Bradesco e Santander amargaram resultados decrescentes. Em conjunto, as quatro instituições tiveram no ano passado lucro de R$ 74,1 bilhões, o que representa uma queda nada desprezível de 9% em relação a 2022, segundo dados da consultoria Elos Ayta. Uma das razões para o recuo foi o avanço da inadimplência.

Disney aumenta aposta no mundo dos games



A Disney quer reforçar a presença na indústria de videogames. A empresa de Mickey e companhia comprou uma participação acionária equivalente a US$ 1,5 bilhão na Epic Games, fabricante do clássico jogo Fortnite. Não é a primeira investida da gigante do entretenimento no setor. Em 2016, a Disney fechou sua divisão de games após expressivas perdas financeiras. O curioso é que a indústria global de games enfrenta problemas. Na Europa, o faturamento caiu 11% em 2023. Na China, 20%.

Conflitos no Oriente Médio fazem preço do petróleo subir

A escalada das tensões no Oriente Médio poderá significar um problema para a inflação mundial. Com o acirramento dos conflitos na região, o preço do barril do petróleo tende a aumentar, e um efeito cascata poderá ser sentido em vários setores econômicos. O valor do frete cobrado no transporte marítimo, por exemplo, disparou 50% em 2024, e há sinais de que novas altas estão a caminho. A suspensão de rotas no Mar Vermelho por gigantes do setor, como Maersk e MSC, encareceu o frete local.

0,42%

foi a inflação de janeiro, segundo o IBGE. O índice veio acima das projeções do mercado, mas há uma explicação para isso: o fenômeno El Niño, que afeta a produção de alimentos

Rapidinhas

  • A Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul, anunciou investimentos de R$ 550 milhões para modernizar e expandir as fábricas de refrigeradores e lavadoras localizadas em Rio Claro, no interior de São Paulo, e Joinville, em Santa Catarina. De acordo com a empresa, os desembolsos deverão ser feitos nos próximos três anos.
  • O feriado de Carnaval deverá injetar R$ 9 bilhões no turismo brasileiro, de acordo com cálculo feito pela Confederação Nacional do Comércio (CNC). A cifra é cerca de 10% superior aos R$ 8,2 bilhões movimentados na semana festiva de 2022. As fabricantes de cerveja também projetam crescimento de vendas acima de dois dígitos no período.
  • A varejista farmacêutica RD-RaiaDrogasil investe na ampliação de sua estrutura logística. Nesta semana, a empresa inaugurou dois Centros de Distribuição em Manaus, no Amazonas, e Benevides, no Pará. Agora, são 14 CD localizados em doze estados brasileiros, incluindo Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.
  • A fabricante de calçados Grendene vai começar a produzir a sua própria energia. Para isso, assinou ontem uma parceria com a Comerc, empresa do ramo energético controlada pela Vibra. O acordo tem duração de 20 anos e estabelece que a Grendene passe a deter uma participação de 42% na geradora de energia Várzea Solar.

“Estamos lidando com graves consequências ambientais e não sei se seremos capazes de gerenciá-las. Os últimos anos foram incrivelmente anormais do ponto de vista climático”

Filippo Giorgi
Climatologista e físico italiano, vencedor do Prêmio Nobel da Paz em 2007



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