Fábio fica. Fred está de saída

 

 

Aos poucos, o técnico Adilson Batista vai vendo clarear o panorama sobre quais jogadores estarão à disposição neste início de reconstrução do Cruzeiro. Ontem, ele teve a boa notícia de que o goleiro Fábio acertou a permanência, se juntando ao lateral-direito Edilson e ao zagueiro Leo. Assim, já tem praticamente definido o sistema defensivo, que contando com os três experientes citados e os jovens Cacá, que já vinha como titular da zaga desde o segundo semestre do ano passado, e o lateral-esquerdo Rafael Santos.

Agora, fica a expectativa quanto aos meio-campistas, como o armador Rodriguinho, e os atacantes. Fred e Sassá ainda não deram resposta sobre o teto salarial proposto pelo clube, sendo que o primeiro pode ir para o Fluminense, e o outro, para o Coritiba. Saulo Froes, presidente do Núcleo dirigente transitório, afirmou que Fred não deve ficar, pela disparidade entre sua pretensão e o que oferece a Raposa. Além disso, a avaliação técnica pesa negativamente. Também sem acerto, o volante Ariel Cabral, está na Argentina.

Até por isso, nos treinamentos o comandante vem apostando nos mais jovens. Ontem, armou o meio-campo titular com os pratas da casa Adriano, Edu e Maurício, além de Rodriguinho. Já o ataque teve os ex-juniores Welinton e Vinícius Popó. Se não houver nenhuma surpresa, esse deve ser o time que começará o jogo-treino com o Guarani de Divinópolis, amanhã, na Toca da Raposa II.

Já em campo, caberá aos mais experientes ajudar na adaptação dos garotos. “Subir para o time principal é sempre difícil, ainda mais agora, neste momento delicado, vivenciando a Segunda Divisão. Vamos procurar dar suporte, ser referência, puxando todo mundo para cima, todo mundo focado em um objetivo só, que é fazer um Campeonato Brasileiro de forma consistente para, no final do ano, comemorar nosso acesso”, diz Fábio, jogador que mais defendeu a equipe celeste, com 871 partidas.

Para seguir ampliando a marca, ele fez como Edilson e Leo e parcelou os valores não recebidos até o fim do ano passado. Também reduziu drasticamente os vencimentos, se adequando à nova realidade financeira celeste.

Ele afirma que fez o que tinha de ser feito. “Vim com o coração aberto, minha família me ajudou muito, meu administrador. Todo mundo fez o sacrifício que tinha de ser feito para que o Cruzeiro volte a ser referência não só em campo, com conquistas, mas fora também, com planejamento e credibilidade. O que fizemos foi até pouco por tudo que o Cruzeiro já fez em nossas vidas. Agora é focar em alcançar êxito”.

Feliz por acertar a permanência, Fábio não deixou de criticar diretoria e jogadores pelo que ocorreu no ano passado “A gente vivenciou situações ruins de falta de comando, de falta de responsabilidade de todos que estavam aqui. E no fim vivenciamos o pior resultado, que foi cair para a Segunda Divisão”.