(none) || (none)

Continue lendo os seus conteúdos favoritos.

Assine o Estado de Minas.

price

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Utilizamos tecnologia e segurança do Google para fazer a assinatura.

Assine agora o Estado de Minas por R$ 9,90/mês. ASSINE AGORA >>

Publicidade

Estado de Minas

CAS nega apelo e Semenya terá de medicar-se para competir


postado em 02/05/2019 05:11



Lausanne – A Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) rejeitou ontem a apelação da atleta sul-africana Caster Semenya contra regras que a entidade máxima do atletismo estabeleceu para reduzir os altos níveis de testosterona natural em algumas competidoras. A Associação Internacional das Federações de Atletismo (IAAF, na sigla em inglês) definiu que as atletas diminuam seus níveis hormonais por meio de medicação ou cirurgia para que possam ficar aptas a competir em provas de alto nível que possuam distâncias de 400 metros até uma milha.

Um painel de três juízes do mais importante tribunal esportivo, com sede em Lausanne, na Suíça, onde o complexo caso envolvendo Semenya vem sendo analisado desde fevereiro, concluiu que as novas regras impostas pela IAAF sobre competidoras com “diferenças de desenvolvimento sexual” são discriminatórias, mas devem ser aplicadas por causa do fator esportivo.

Dois dos três magistrados desse painel da CAS rejeitaram a apelação da sul-africana ao entender que “com base nas provas apresentadas pelas partes, essa discriminação é um meio necessário, razoável e proporcionado para alcançar o propósito da IAAF de preservar a integridade do atletismo feminino em eventos restritos”. Esses dois juízes também entendem que mulheres com altos níveis de testosterona podem ter uma vantagem injusta sobre as suas adversárias com menores quantidades ou sem esse hormônio no corpo.

Atual campeã do mundo da prova dos 800m e bicampeã olímpica da mesma prova ao faturar o ouro nos Jogos de Londres'2012 e do Rio'2016, Semenya deverá tomar medicamentos para reduzir os seus níveis de testosterona se quiser competir entre as mulheres e defender o seu título no Mundial.

Ao comentar a decisão da CAS, a atleta da África do Sul deixou claro que se sente perseguida pelo órgão gestor do atletismo nos últimos 10 anos. “Sei que os regulamentos da IAAF sempre visaram especificamente a mim. Durante uma década, a IAAF tentou me frear, mas isso tem me fortalecido. A decisão da CAS não me impedirá (de continuar competindo)”, prometeu Semenya.

Distúrbio A corredora sul-africana está envolta em uma polêmica relacionada a um caso que atinge as mulheres consideradas hiperandrógenas. O hiperandrogenismo é um distúrbio endócrino comum das mulheres em idade reprodutiva caracterizado pelo excesso de andrógenos como testosterona e afeta entre 5% e 10% das pessoas do sexo feminino.

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)