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Pique de profissional


postado em 12/01/2019 05:04

Aos 52 anos e há quase 10 aposentado dos gramados, goleiro Navarro Montoya é uma das atrações do Boca Juniors no torneio em Sete Lagoas(foto: Fotos: Alexande Guzanshe/EM/D.A Press)
Aos 52 anos e há quase 10 aposentado dos gramados, goleiro Navarro Montoya é uma das atrações do Boca Juniors no torneio em Sete Lagoas (foto: Fotos: Alexande Guzanshe/EM/D.A Press)


Ídolo da torcida do Boca Juniors, clube que defendeu de 1988 a 1996. Considerado um dos maiores goleiros do futebol argentino, mesmo sendo colombiano – e, por esse motivo, foi causador de uma polêmica: por que não foi titular da seleção daquele país, uma vez que havia se naturalizado? Pois a disputa do Torneio Internacional Máster de Futebol, disputado na Arena do Jacaré, trouxe a Sete Lagoas Navarro Montoya, hoje com 52 anos, que, apesar da fama e da categoria nunca jogou uma Copa do Mundo. Ele é o goleiro do Boca na competição.

Descontraído fora de campo, conversa com todo mundo. Dentro das quatro linhas, contudo, ele se transforma. O Navarro Montoya que vai para o jogo é tão concentrado e vibrante quanto o goleiro que defendia o time de La Boca nos tempos de profissionalismo. A começar pelo aquecimento. Ele corre, forçando de um lado para o outro do campo; depois, pede aos companheiros para mandarem bolas altas para se aquecer; em seguida, chama Nestor Fabri para saltar com ele na disputa pela bola.

A impressão é que aquele entusiasmo será apenas no aquecimento. Engano. Basta começar a partida para Montoya agir como quando estava na ativa. Grita com os zagueiros a partida quase toda. Fica atento a tudo, sai para cobrir a zaga e dá chutão para aliviar bolas. Reclama da liberdade aos adversários. Confessa sentir a mesma satisfação dos tempos de jogador: “É maravilhoso voltar a jogar, entrar em campo, a sensação da disputa. É como voltar no tempo. Gosto muito. E vou logo avisando que não gosto de perder”.

Foram 25 anos como profissional, história que começou no Veléz Sarsfield, em 1984. Teve breve passagem pelo Independiente Santa Fe, retornando ao Vélez e de lá para o Boca, pelo qual disputou 323 jogos e ganhou cinco títulos argentinos. Foi quando viveu a maior polêmica de sua carreira. Mesmo naturalizado, perdeu a chance de vestir a camisa da Seleção Argentina por ter disputado três jogos da repescagem da Copa de 1986 pela Colômbia.

Em 1998, pediu autorização à Fifa para defender os hermanos e foi atendido. Sua convocação para o Mundial daquele ano era certa, mas o técnico Daniel Passarella não gostava da ideia de convocar um estrangeiro e o deixou de fora. “Foi uma grande frustração”, conta. Viria outra chance, quando de novo seu nome foi lembrado, por imprensa e torcedores, para a Copa da Alemanha, em 2006. Até  Hugo Gatti, um dos goleiros mais populares da Argentina e que o antecedera no Boca, fez campanha por Montoya. Mas o técnico José Pékerman parecia não gostar dele. “Quando estive no Independiente com ele, me deixou na reserva. Aliás, segundo reserva. Sabia que não me levaria”, diz.

EUROPA E CRUZEIRO Em 2009, ele disputou sua última temporada como jogador. Hoje, Montoya busca espaço como treinador na Europa. Já estreou no cargo em 2013, no Chacaritas Juniors, outro clube argentino que defendeu em campo. Mas a passagem no comando da equipe foi curta. Mudou-se para a Espanha, onde fez o curso de técnico. “Estou à procura de equipe, de Segunda ou Terceira Divisão, para dirigir meu primeiro clube espanhol. Estudei, fiz o curso que é exigido. Já recebi sondagens. Estou esperando a oportunidade.”

Ele não se esquece dos confrontos entre clubes argentinos e brasileiros, em especial contra o Cruzeiro, no Mineirão: “A torcida do Cruzeiro  é como as de todo o Brasil. Os torcedores aqui são tão apaixonados quanto na Argentina. Enfrentar um brasileiro era sempre um desafio”.

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