Tigela de cereais com vista superior

Tigela de cereais com vista superior

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A doença celíaca é uma doença autoimune, caracterizada pela intolerância ao glúten, uma proteína presente em grãos como trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados. A doença atinge aproximadamente 2 milhões de brasileiros, sendo que 80% não têm o diagnóstico conhecido e 70% só têm conhecimento da condição após os 20 anos de idade, de acordo com a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil.

O mês de maio é marcado pela campanha Maio Verde de conscientização da doença celíaca, que traz entre os principais destaques a importância de diagnosticar a doença com antecedência, além de esclarecer sobre seus sintomas, características e consequências.

A doença celíaca é uma predisposição genética que leva o corpo de algumas pessoas a não digerir o glúten. Os principais sintomas do problema são: prisão de ventre ou diarreia, dor, inchaço ou estufamento na barriga, anemia ou desnutrição. Se a doença não for diagnosticada e tratada corretamente, pode gerar outras complicações para o indivíduo, como anemia, problemas ósseos e até mesmo um câncer de intestino.

"A predisposição para intolerância ao glúten pode ser detectada precocemente por meio de testes genéticos, que hoje são importantes aliados da medicina preventiva, indicando se um indivíduo tem um risco elevado de desenvolver essa doença no futuro", explica Ricardo Di Lazzaro, médico especializado em genética e CEO do laboratório Genera.

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De acordo com um levantamento realizado pela empresa com base em 200 mil testes genéticos, pessoas identificadas como alto risco no teste genético tinham uma probabilidade dez vezes maior de apresentar as alterações relacionadas à doença. Esse risco fica ainda maior em pessoas com idade superior a 55 anos.

"O teste genético é uma importante ferramenta no contexto da medicina preventiva e pode ser realizado para identificar a propensão de diversas doenças, inclusive a doença celíaca. Não se trata de um resultado definitivo, mas, uma vez identificada, o paciente pode consultar um médico especialista e adotar cuidados preventivos, podendo reduzir o risco de ter a doença. Funciona como uma ferramenta adicional para o diagnóstico de um especialista" complementa Ricardo Di Lazzaro.