Ao terem entrado em relacionamentos que não deram certo, algumas pessoas se consideram com "dedo podre". A expressão diz respeito a escolher mal seus parceiros. Em alguns casos, as novas relações têm até mesmo traços das anteriores. Diante disso, levanta-se um debate sobre o que causa essa repetição de ciclos.





A especialista em relacionamento Letícia Felisberto comenta que "dedo podre" não existe. Ela afirma ser uma crença limitante, que qualquer ser humano pode carregar durante determinado período ou por toda a vida. Letícia frisa que isso pode acontecer com qualquer pessoa.

"A partir do momento que você é um ser humano, tem a possibilidade de carregar várias crenças limitantes. Vivemos em uma sociedade onde a maioria das pessoas trazem uma mentalidade de escassez. Essa mentalidade de escassez, ou crenças limitantes, são opostas das crenças fortalecedoras", disse.
 
 
 
"Quando tocamos nesse ponto, dá entender que existem dois tipos de crenças. Umas te colocam para cima e fazem crescer como pessoa. Impulsionam, fazem com que você chegue no seu objetivo com mais facilidade e rapidez. Já crença limitante, o próprio nome já diz: ela te limita em algum grau. Você tem um profundo desejo, algum lugar que quer chegar, alguém que quer conquistar. Porém, existe algo na sua vida que te limita a alcançar esse objetivo", acrescentou.




 
Leia também: A época em que ser alegre era malvisto e a busca pela felicidade 

Letícia reforça que, na maioria das vezes, a falta de autoconhecimento e de entendimento sobre a vida impedem de chegar a um ideal. Normalmente, as pessoas levam essa crença como mecanismo de defesa. Se esse pensamento de "eu tenho um dedo podre" for mantido, ou ter a crença de que não serve para relacionamento, vai permanecer em um ciclo em que sempre se colocará como inferior.

"Algumas pessoas não sabem o porquê de não conseguirem chegar a um grande ideal. Automaticamente, uma crença limitante é criada por um mecanismo de defesa. Para quebrar esse ciclo é necessário cortar o mal pela raiz. Através do autoconhecimento e compreensão, é possível entender o porque você tem esse padrão, essa crença limitante que te faz sentir assim", comentou.

A especialista afirma ser necessário ressignificar os pensamentos que já estão fortificados. Letícia explica que, ao recriar esses pensamentos, o comportamento também passará por uma mudança. Logo, outros resultados serão vistos.

"Não tem possibilidade de uma mesma pessoa ter resultados diferentes sem tomar uma atitude de mudança. Para que a crença do dedo podre não exista mais é necessário trabalhar o autoconhecimento e entender como funciona sua mente. É preciso ter clareza nos seus objetivos, para então você saber como quer chegar lá."

compartilhe