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Estado de Minas COMISSÃO DE ÉTICA

Depois de ser chamado de 'covarde', Caporezzo vai denunciar Bella e Bia

Deputado vai entrar com denúncia na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG)


25/10/2023 19:23 - atualizado 25/10/2023 20:36
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Caporezzo em Plenário
Caporezzo alega que a confusão surgiu devido ao uso da Comissão pelas deputadas para realizar uma manifestação política sobre um vídeo que ele havia publicado (foto: ALMG/REPRODUÇÃO)
O deputado Caporezzo (PL) informou ao Estado de Minas que pretende apresentar denúncias contra as deputadas Bella Gonçalves (Psol) e Beatriz Cerqueira (PT) no Conselho de Ética. Isso ocorreu após as deputadas o rotularem de "covarde" em resposta à sua entrada na Comissão de Direitos Humanos nesta quarta-feira (25/10).

Caporezzo alega que a confusão surgiu devido ao uso da Comissão pelas deputadas para realizar uma manifestação política sobre um vídeo que ele havia publicado. O vídeo questionava o uso de escolta armada pela deputada Bella durante um pagode tomando cerveja. Pela manhã, a sessão extraordinária da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi interrompida a pedido do líder da oposição, Ulysses Gomes (PT), em respeito à parlamentar, devido a essa questão.

Segundo o relato do deputado, ele se sentiu ofendido por ter sido chamado de "covarde" pelas deputadas, simplesmente por solicitar tempo de fala na Comissão. Ao perceber a ofensa, ele retornou ao Plenário. "Elas perceberam que era desfavorável a imagem da deputada Bella estar em um pagode em um boteco com escolta armada. Isso gerou má impressão", afirmou.

Ao regressar ao Plenário, Caporezzo afirma que um assessor da deputada Bella colocou o pé à sua frente na tentativa de fazê-lo tropeçar e começou a proferir palavras ofensivas contra ele. O deputado registrou um Boletim de Ocorrência contra o assessor e as parlamentares.

Segundo Bella, o deputado foi o autor das ameaças. Em conversa com a reportagem, a deputada disse que nem ao menos conseguiu ver o vídeo publicado pelo parlamentar de tanto que se sentiu ameaçada.
 
“Nós estamos diante de ameaças de morte que chegam todas as semanas para nós. Por isso temos uma determinação do governo de sermos escoltadas 24 horas – e 24 horas significam 24 horas. Eu não estava no meu horário de serviço, eu trabalhei o fim de semana inteiro. Se você for olhar nos stories (nas redes sociais), você vai ver que eu acordei de manhã cedinho para estar numa ocupação urbana, discutindo o direito das crianças. Agora, eu também tenho direito aos meus momentos de prazer", disse a parlamentar do Psol.
 
Segundo Bella, Caporezzo diz que ela é contra a polícia, mas ela vem defendendo a categoria na ALMG. "Ontem (segunda-feira) eu fiquei até as 21h lutando pelo direito dos policiais e a carreira dos servidores públicos. Ele fala que nós não importamos com as mulheres em situação de violência. Sou autora de uma lei no município que cria moradia para mulheres em situação de violência", seguiu. “O irmão da (deputada federal do Psol-SP) Samia foi morto em um bar. A (vereadora do Psol-Rio) Marielle Franco foi morta indo para casa. Eu serei a próxima?”, questiona.
 

Perseguições em Minas


Em Minas Gerais, pelo menos seis parlamentares já receberam ameaças anônimas de estupro corretivo. São elas: as deputadas estaduais Bella e Lohana e as vereadoras Iza Lourença (PSOL-Belo Horizonte), Cida Falabella (PSOL-Belo Horizonte), Claudia Guerra (PDT-Ubelândia) e Amanda Gondim (PDT-Uberlândia). 


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