Jornal Estado de Minas

TERRORISMO EM BRASÍLIA

Mourão critica detenção de bolsonaristas: 'Raízes marxistas-leninistas'


O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) reclamou do tratamento recebido pelas milhares de pessoas detidas em Brasília após atos terroristas na capital federal no último domingo (8/1). Em publicação nesta terça-feira (10/1), o parlamentar criticou o governo federal e afirmou que ele age de maneira amadora, desumana e ilegal.





Para o general da reserva do exército e vice-presidente do Brasil o governo de Jair Bolsonaro (PL), o tratamento reservado aos bolsonaristas detidos em flagrante está relacionado as "raízes marxistas-leninistas" do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em seu perfil do Twitter, Mourão também cobrou ações rápidas dos parlamentares e das ‘verdadeiras entidades ligadas aos direitos humanos’.

“A detenção indiscriminada de mais de 1.200 pessoas, que hoje estão confinadas em condições precárias nas instalações da Polícia Federal em Brasília, mostra que o novo Governo, coerente com suas raízes marxistas-leninistas, age de forma amadora, desumana e ilegal. O Brasil e as pessoas detidas esperam ações rápidas dos nossos parlamentares em mandato e das verdadeiras entidades ligadas aos Direitos Humanos”.


Cerca de 1.500 pessoas foram detidas após os atos de vandalismo no Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo assim, alguns dos bolsonaristas seguem gravando vídeos e publicando nas redes sociais.



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Registros dos extremistas mostram o grupo em um ginásio da Polícia Federal (PF) enquanto aguardam novo deslocamento. Em várias das imagens, os bolsonaristas reclamam das condições no local da detenção.

Nesta terça-feira, durante cerimônia de posse do novo diretor da PF, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, posicionou-se sobre as reclamações feitas pelos detidos em flagrante pelos atos de vandalismo.

“Não achem, esses terroristas, que até domingo faziam baderna e crimes, e agora reclamam porque estão presos, querendo que a prisão seja uma colônia de férias. Não achem que as instituições vão fraquejar”, disse Moraes.