Jornal Estado de Minas

INVASÃO A BRASÍLIA

Empresário de BH convocou bolsonaristas para irem a Brasília

O militante bolsonarista Esdras dos Santos, identificado pelo Superior Tribunal Federal (STF) como um dos responsáveis pela mobilização em frente ao quartel do Exército Brasileiro, na Avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte, convocou outros apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para irem a Brasília neste fim de semana. 





Logo no título do vídeo de convocação, publicado no Instagram, na última quinta-feira (5/1), Esdras escreveu: “Precisamos de homens e mulheres para lutar pela nossa democracia e nossa liberdade e respeito à nossa Constituição”.

Durante a gravação, o empresário do ramo têxtil afirma que “o pessoal” de São Paulo e do Rio de Janeiro haviam entrado em contato com ele para acertar como seria a mobilização na capital do país. Repetidamente, o homem diz que precisa de “homens fortes e guerreiros” para a viagem.
 
 

“Essa ida é muito importante. É uma ida que nós iremos para buscar a libertação do nosso país. É para ir para Brasília para lutar contra o comunismo Nós estamos em uma guerra espiritual e nós sabemos que precisamos de pessoas valentes para lutar pelo nosso país”, explicou. 




 
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O “alistamento”, como foi chamado pelo militante, aconteceu na porta do “QG do Exército”. Ainda segundo o relato, empresários mineiros já haviam entrado em contato com ele e já haviam disponibilizado um ônibus para que a viagem fosse feita. 
 
Apesar de fazer a convocação, Esdras não participou da viagem. De acordo com ele, o acampamento na Avenida Raja Gabaglia não poderia ficar sem ninguém “para cuidar do carro de som e da barraca de apoio” - já retirados do local pela Guarda Municipal da Prefeitura de Belo Horizonte. Mesmo assim, o militante afirmou que “policiais que já estão na porta do QG" iam para o Distrito Federal.

Pagamento de Multa

Neste sábado (7/1), o ministro Alexandre de Moraes acolheu o pedido da Procuradoria-Geral do Município de Belo Horizonte e determinou multa de R$ 100 mil para os bolsonaristas que permanecerem financiando a manifestação em frente à Companhia de Comando da 4ª Região Militar na Av. Raja Gabaglia,  em Belo Horizonte.




 
O valor se aplica inclusive àqueles que tiverem veículos bloqueando passagem. Em seu texto, Moraes citou Esdras dos Santos e outro apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, já identificado como responsável pela mobilização em BH. 
 
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A decisão foi publicada após a Justiça de Minas Gerais acatar um pedido do empresário para que os manifestantes pudessem voltar ao “ponto de concentração”, após a Prefeitura de Belo Horizonte retirar barracas, carros de som, mobílias e banheiros químicos da área militar.