Jornal Estado de Minas

ORÇAMENTO SECRETO

Tebet comemora as primeiras prisões relacionadas ao Orçamento Secreto

Por Luana Pedra

A senadora e ex-candidata à Presidência da República, Simone Tebet (MDB), comemorou, via redes sociais, as primeiras prisões ligadas ao Orçamento Secreto. As prisões foram feitas pela Polícia Federal (PF) no Maranhão, em que o escândalo de corrupção, supostamente, atinge o Sistema Único de Saúde (SUS). De acordo com Tebet, a detenção realizada hoje (14/10), começa a "desvendar" o esquema. 





 

 

 

Os irmãos Roberto e Renato Rodrigues de Lima, que foram presos hoje pela PF, são suspeitos de atuar em uma ampla rede criminosa envolvendo o SUS em municípios do Maranhão e o Piauí.

As prefeituras registravam atendimentos médicos e consultas que nunca existiram, e recolhiam o dinheiro vindo de emendas parlamentares do Orçamento Secreto.

 

 

Simone Tebet havia relatado, ao Flow Podcast, antes das eleições do primeiro turno, que o esquema conhecido como Orçamento Secreto pode ser o “maior esquema de corrupção do planeta Terra”. 

 

A senadora fez um “passo a passo” de como o trâmite acontece no Congresso Nacional e afirmou que é necessário que o Ministério Público Federal tenha autonomia para investigar o caso. 

 

 

Tebet deu exemplos de casos suspeitos, em que uma cidade pequena do Maranhão fez mais exames de HIV do que toda a cidade de São Paulo. A senadora explicou que as cidades recebem o recurso sem “autoria”, logo, não há como saber qual congressista destinou o dinheiro. 





 

"Podemos estar diante do maior esquema de corrupção do planeta Terra. Há denúncias de uma cidade do interiorzinho do Maranhão, com pouco mais de 20 mil habitantes fez mais exames de HIV do que toda a cidade de São Paulo, de 12 milhões de habitantes. Tem uma cidade, que diz que extraiu em um único ano, 540 mil dentes, significa ter tirado 14 dentes de cada boca, de cada cidadão da cidade, inclusive do bebê recém-nascido, que não tem nenhum dente. Então, posso estar falando de uma nota fria. (...) Não estou falando daquela coisa de levar 10% não, estou falando de uma nota inteira", explicou.