Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Robinho divulga apoio a Bolsonaro

Depois de Neymar Jr., que declarou apoio a Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano nesta quinta-feira (29/9), foi a vez de Robinho fazer o mesmo. 

O ex-jogador de futebol se posicionou nesta sexta-feira (30/9), ao publicar uma foto em que veste a camisa da seleção brasileira e faz o número 22 com as mãos. Na legenda, ele escreveu '22', número da  campanha de Bolsonaro, acompanhado de um emoji da bandeira do Brasil.



 

Os comentários da conta do jogador estão desativados desde julho deste ano, quando ele anunciou a aposentadoria, pouco mais de cinco meses após ser definitivamente condenado a 9 anos de prisão por estupro coletivo na Itália. 

Robinho havia se manifestado no Instagram pela última vez em 31 de dezembro de 2021. O longo silêncio foi quebrado para o apoio a Bolsonaro. 
 


O caso de estupro

Robinho foi condenado em 19 de janeiro deste ano pelo estupro coletivo de uma jovem albanesa dentro de um clube noturno de Milão. Segundo o depoimento da vítima e a reconstrução dos fatos, vítima de 22 anos anos estava na mesma boate que o ex-atleta e um grupo de amigos, em janeiro de 2013, e se juntou a eles após a esposa do jogador voltar para casa. Eles então teriam oferecido bebida moça até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor".

De acordo com o Ministério Público de Milão, o grupo levou a jovem para um camarim e, se aproveitando de seu estado de embriaguez, mantiveram "múltiplas e consecutivas relações sexuais com elas".





Outros quatro envolvidos no crime não foram rastreados pela Justiça da Itália e não puderam ser processados. Robinho foi condenado em janeiro de 2022, na última instância, a nove anos de prisão, com multa de 60 mil euros (R$ 374 mil).
 

Mesmo sem a publicação das motivações, o Ministério Público de Milão encaminhou, no dia 15 de fevereiro, o pedido de prisão internacional dos dois condenados - Robinho e o amigo Falco - para o Ministério da Justiça da Itália que, por sua vez, fez o pedido formal ao Brasil no dia seguinte.

No entanto, o Brasil não extradita seus cidadãos por crimes cometidos em outras nações. Com isso, a chance dos dois cumprirem a pena na Itália é mínima e só poderá ocorrer se ambos viajarem para países que tenham acordos de extradição com Roma - caso de cerca de 70 nações no mundo, incluindo os todos os 27 Estados-membros da União Europeia, Argentina, Austrália, Canadá, Estados Unidos e Reino Unido.