Jornal Estado de Minas

ELEIÇÕES 2022

Aras defende sistema eleitoral, mas com vídeo antigo

O procurador-geral da República, Augusto Aras, postou, nesta quinta-feira (21/7), um vídeo antigo em seu canal do Youtube, onde ele defende o sistema eleitoral do país.



A postagem foi feita quatro dias depois que o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou o Palácio da Alvorada e a estrutura do governo a fim de organizar uma apresentação para embaixadores de vários países para, mais uma vez, voltar a levantar suspeitas, já desmentidas por órgãos oficiais, sobre as eleições de 2018 e a segurança das urnas eletrônicas.





Na reunião, o presidente também aproveitou o evento para atacar o adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um dos pré-candidatos à Presidência, e os ministros Edson Fachin, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).


"Nós não aqui aceitamos a alegação de fraude, porque nós temos visto sucesso da urna eletrônica, ao longo dos anos, especialmente no que toca à lisura dos pleitos", afirmou Aras na gravação.

A gravação é de uma entrevista antiga de Aras para veiculos estrangeiros. O vídeo é do início do mês, dia 11 de julho.

Aras vinha mantendo silêncio sobre a reunião de Jair Bolsonaro. Políticos de oposição e  procuradores do Ministério Público cobraram o procurador-geral um posicionamento contra a atitude do presidente. 





Deputados oposicionistas acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo para Bolsonaro ser investigado, entre outras possíveis ilegalidades, por crime contra o Estado Democrático.

No vídeo, Aras ainda afirma que a democracia se fortalece quando consegue, com suas instituições, resistir às tensões inerentes ao sistema.

"Nós compreendemos, e temos dito isso sempre, que a democracia é o governo dos contrários, que a democracia passa por uma tensão permanente, mas uma democracia se revela mais pujante, mais forte, na medida em que ela consegue resistir, com as suas instituições, a essa pressão contínua", completou o procurador-geral.