Jornal Estado de Minas

VIOLÊNCIA POLÍTICA

Bolsonaro pede à família de petista morto para explicar caso à imprensa

O deputado federal Otoni de Paula (MDB-RJ) esteve nesta terça-feira (12/7) na casa dos familiares de Marcelo Arruda, petista assassinado pelo policial bolsonarista Jorge José Guaranho. O parlamentar afirmou que foi um pedido do próprio presidente Jair Bolsonaro (PL) e também colocou o chefe do Executivo para falar com eles e fazer um convite.




 
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De acordo com o deputado, os irmãos de Marcelo Arruda são apoiadores de Bolsonaro. “Quando eu soube disso, fiz contato com o presidente e ele pediu para que eu viesse aqui entender melhor o caso e eu vim”, disse. “O presidente Bolsonaro pediu para que viéssemos aqui prestar solidariedade à família, até porque era uma família plural, sendo que o Marcelo era petista e os irmãos bolsonaristas”, acrescentou.

Otoni contou que Bolsonaro conversou com os familiares do petista por videochamada e fez o convite para que eles possam ir à capital federal. “Ele queria entender melhor o processo e o que está acontecendo. Ele falou com a família e se colocou à disposição para recebê-los em Brasília”, afirmou.
 
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Na live feita pelo parlamentar, Bolsonaro critica a imprensa e pede à família para participar de uma coletiva de imprensa. “A ideia é ter uma coletiva com a imprensa para vocês falarem a verdade, não é a esquerda ou a direita. A imprensa está tentando desgastar o meu governo”, disse ele.





Entenda o caso

Marcelo Arruda morreu na noite de sábado (9/7) em Foz do Iguaçu (PR), durante uma festa de aniversário temática do Partido dos Trabalhadores (PT).

Arruda comemorava os 50 anos quando Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do Bolsonaro e agente penitenciário, invadiu o local com uma arma e o assassinou.
 
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Arruda era guarda municipal, diretor do Sindicato dos Servidores Municipais de Foz (Sismufi) e tesoureiro do PT municipal.

Ele comemorava o aniversário na sede da Associação Esportiva Saúde Física Itaipu, quando Guaranho passou de carro e começou a entoar gritos de apoio a Bolsonaro e contra Lula (PT) - ambos pré-candidatos à Presidência da República nas eleições de outubro de 2022.