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Estado de Minas DITADURA MILITAR

Marieta Severo fala sobre ditadura: 'É insuportável viver sem democracia'

Atriz relembrou as dificuldades impostas pela ditadura militar no Brasil


26/12/2021 16:05 - atualizado 26/12/2021 16:17

Marieta Severo em videochamada
Marieta Severo fala sobre ditadura no Brasil (foto: Tv Globo/Reprodução)
A atriz Marieta Severo participou, no último sábado (25/12), do programa Altas Horas, da TV Globo, e relembrou as dificuldades impostas pela ditadura militar. 

Na época, a atriz, que era casada com o cantor e compositor Chico Buarque, decidiu se afastar da TV e até mudou de país por conta das ameaças que ela e o marido recebiam dos militares por conta do AI-5. "É insuportável viver sem democracia", disse.
 
“Isso foi há muito tempo, era na época da ditadura, essa época terrível que a gente espera que não volte nada semelhante. Existia uma censura e uma impossibilidade de Chico (Buarque) se apresentar na televisão. Achava que não era justo eu me apresentar com ele sendo censurado”, afirmou.
 
Quando decidiu se afastar, a atriz tinha acabado de fazer a peça Roda Viva, no Rio de Janeiro. “Logo depois, quando a peça foi para São Paulo (a peça), eu não pude ir e estava grávida, então, o que aconteceu foi isso. Nós saímos do Brasil em janeiro de 1969 para ficar 20 dias e voltar, mas aí teve toda aquela história, o Caetano foi preso, Gil foi preso, a gente recebia muito recado que se Chico voltasse ele ia ser preso”, contou.

 
Nesta mesma época, Marieta deu à luz sua filha Silvia. “Então, eu estava com um barrigão e a gente resolveu não voltar e aí Silvinha nasceu na Itália por causa disso. Ficamos mais de um ano lá, mas por conta desse período tenebroso que alguns clamam de volta”, afirmou.
 
Foto do dia do parto de Silvia, filha de Marieta com Chico Buarque
Marieta Severo dá a luz a Silvia, filha com Chico Buarque (foto: Redes Sociais/Reprodução)
 

AI-5

Decretado em 1968, o Ato Institucional de nº5 vigorou até 1979. Na época, o Brasil era governado por uma ditadura militar que tinha à frente o presidente Artur Costa e Silva. Entendido como marco que inaugurou o período mais sombrio da ditadura, o AI-5 é o resultado final de um processo do autoritarismo no Brasil. 
 
O ato suspendia por 10 anos os direitos políticos de todos os cidadãos vistos como opositores ao novo regime, fossem eles civis, militares ou membros do antigo governo. 
 
Esse decreto foi apresentado em cadeia nacional de rádio e foi lido pelo Ministro da Justiça na época, Luís Antônio da Gama e Silva. Com 12 artigos, o AI-5 trazia mudanças radicais, entre elas, o fechamento do Congresso Nacional pela primeira vez desde 1937.
 
Além disso, a partir da data de sua publicação, o presidente passou a poder decretar estado de sítio por tempo indeterminado, demitir pessoas do serviço público, cassar mandatos, confiscar bens privados e intervir em todos os estados e municípios.
 
Por meio do AI-5, a ditadura militar iniciou o seu período mais rígido, instituindo a censura aos meios de comunicação e a tortura como prática dos agentes do governo.
 
 
 


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