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Estado de Minas POLÍTICA

Bolsonaro insinua sem provas que vacinas de COVID causam trombose e embolia

O presidente Jair Bolsonaro insinuou que as vacinas contra a Covid-19 podem causar efeitos colaterais graves como trombose e embolia


11/12/2021 18:27 - atualizado 11/12/2021 18:40

Bolsonaro
Jair Bolsonaro insinuou que as vacinas contra a Covid-19 podem causar efeitos colaterais graves como trombose e embolia (foto: Foto: Sergio Lima/AFP)
 
BRASÍLIA, DF - Sem qualquer evidência científica, o presidente Jair Bolsonaro insinuou neste sábado (11) que as vacinas contra a Covid-19 podem causar efeitos colaterais graves como trombose e embolia. O mandatário voltou a defender o uso de medicamentos comprovadamente ineficazes contra a doença. A declaração foi dada à imprensa no Rio de Janeiro.
 
"Um caso que está sendo estudado agora. O deputado [federal] Hélio Lopes, meu irmão, está baixado no hospital, com embolia. Parece ser efeito colateral da vacina. Vamos aguardar a conclusão", afirmou.
em mostrar evidências, Bolsonaro também disse que a irmã de um médico conhecido teve trombose no pé após tomar um imunizante contra a Covid-19.
 
"Tem acontecido efeito colateral. Vocês já leram a bula dessas vacinas? Na Pfizer está escrito: não nós responsabilizamos por efeitos colateirais", disse o presidente.
 

EFEITOS ADVERSOS DAS VACINAS

 
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), é normal que, após se vacinar, a pessoa sinta alguns efeitos colaterais leves, tais como febre baixa ou dores musculares. Isso porque seu sistema imunológico está instruindo seu corpo a reagir de certas maneiras.
 
Algumas pessoas, porém, podem experimentar efeitos adversos menos comuns. Segundo a OMS, reações alérgicas graves, como anafilaxia, têm sido relatadas de forma extremamente rara.
 
De acordo com a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), os eventos adversos mais comuns após a vacinação são dor no local da aplicação, fadiga, cefaleia (dor de cabeça), dor muscular, calafrios, dor nas articulações e febre. Já o risco de ocorrência de miocardite e pericardite é baixo, e não há evidências científicas disponíveis que indiquem riscos aumentados de eventos cardíacos.
 
Os imunizantes são capazes de reduzir as chances de quadros agudos da doença, além de minimizar a contaminação pelo novo coronavírus. A dose de reforço, incentivada pelo Ministério da Saúde brasileiro e adotada em outros países, é uma das provas da importância das imunizações.
 
Evidências demonstram que as vacinas protegem contra todas as variantes de preocupação que surgiram até a delta. Em relação à nova cepa, denominada ômicron, estudos estão sendo conduzidos para saber a real eficácia dos imunizantes contra ela. A Pfizer e a BioNTech já adiantaram que as três doses do imunizante são capazes de neutralizá-la.
 
Para defender o uso dos medicamentos comprovadamente ineficazes contra a covid-19, o agora recém-filiado ao PL afirmou que tomou a hidroxicloroquina recentemente e que "tomará outra vez" caso seja contaminado novamente.
 
Bolsonaro voltou a criticar as medidas de isolamento social adotadas por governadores e prefeitos, que, segundo ele, "decretaram de forma irresponsável". A gestão do combate à pandemia pelo governo Bolsonaro vem sendo criticada por ex-ministros e profissionais da saúde, entre outros pontos, em razão da falta de coordenação nacional.
 
As declarações do presidente Jair Bolsonaro foram dadas em uma entrevista coletiva após a cerimônia de promoção de "Guardas-Marinha", na sede da Marinha no Rio de Janeiro (RJ).
 
No evento, que contou com restrições de público impostas pela Marinha, o presidente Bolsonaro chegou a ser hostilizado e xingado depois que insinuou permanecer no Palácio do Planalto por mais um mandato.


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