
Devem participar da reunião representantes do YouTube, Twitch.TV, Twitter, Instagram e Facebook. No mês passado, Luis Felipe Salomão determinou o bloqueio de repasses de dinheiro de redes sociais para esses canais, de orientação bolsonarista, que estavam espalhando notícias falsas. A medida atendeu a um pedido da Polícia Federal, que investiga a organização e o financiamento de ataques ao sistema eleitoral.
Bloqueio para sites bolsonaristas
No mês passado, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Luis Felpe Salomão e a delegada Denisse Dias Ribeiro, da Polícia Federal, se reuniram com representantes de redes sociais para discutir formas de viabilizar o bloqueio de recursos financeiros para canais bolsonaristas que disseminam notícias falsas na internet.
O bloqueio de repasses para as redes foi determinado a canais e páginas pró-governo investigados por propagarem notícias falsas sobre urnas eletrônicas, em meio às críticas do presidente Jair Bolsonaro contra o sistema de votação brasileiro. A PF apontou uma engenharia supostamente criminosa que, segundo as investigações, transformou em negócio a divulgação de mentiras sobre as urnas. A corporação fez a análise dentro do documento do TSE que apura os ataques sem provas feitos por Bolsonaro.
No despacho, Salomão afirmou que "o direito de crítica, de protesto, de discordância e de livre circulação de ideias, embora inseparável do regime democrático, encontra limitações, por exemplo, na divulgação de informações e dados enviesados ou falsos, ou, ainda, no que se convencionou denominar como desinformação".
Segundo os investigadores da Polícia Federal, quanto mais atacavam o sistema eleitoral, mais proveito econômico os envolvidos poderiam ter. A verba que as redes sociais repassam deve ficar em uma conta judicial até o final das investigações. No entanto, os canais devem continuar no ar. Além de restringir a fonte de financiamento, a investigação busca descobrir quem está por trás da divulgação em massa de fake news.
