Jornal Estado de Minas

POLÍTICA

Bolsonaro sobre protestos em Cuba: 'Ditadura comunista ataca duramente'

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a falar, nesta terça-feira (13/7), da maior onda de protestos antigoverno em Cuba. Os manifestantes pedem a renúncia de Miguel Díaz-Canel, presidente do Conselho de Estado de Cuba, gritam por "liberdade" e cantam músicas contra o regime comunista.




 
"No momento em que a ditadura comunista cubana ataca duramente o seu povo que pede o fim do regime que o mantém na miséria, no atraso e até hoje sufoca sua liberdade, o ditador Maduro promove ataque armado ao PR Juan Guaidó", escreveu Bolsonaro. "Que Deus proteja nossos irmãos cubanos e venezuelanos!", finalizou o presidente.
 
 
 
A declaração aconteceu logo após integrantes da oposição ao regime chavista na Venezuela dizerem que funcionários fiéis ao presidente Nicolás Maduro invadiram o prédio em Caracas onde vive Juan Guaidó, político oposicionista que se proclamou presidente venezuelano em 2019 durante o impasse político no país. 
 
A mulher do presidente, Fabiana Rolsales, disse à polícia que foram vistos na garagem do prédio "homens encapuzados com armas largas rodeando a camionete" onde está o líder oposicionista.




 
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Políticos bolsonaristas reagem a protestos antigoverno em Cuba

Posicionamentos


Essa não é a primeira vez que Bolsonaro fala sobre o assunto. Na segunda-feira (12/7), o chefe do Executivo federal pediu para que a "democracia floresça" em Cuba.
 
"Todo apoio e solidariedade ao povo cubano, que hoje corajosamente pede o fim de uma ditadura cruel que por décadas massacra a sua liberdade enquanto vende para o mundo a ilusão do paraíso socialista. Que a democracia floresça em Cuba e traga dias melhores ao seu povo!", disse.
 
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Bolsonaro também disse a apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada que os cubanos protestaram para pedir liberdade e receberam como resposta "borrachada, pancada e prisão".





"O dia de ontem foi um dia muito triste dado o que aconteceu em Cuba. Muita gente acha que a gente nunca vai chegar lá, que a gente nunca vai chegar à Venezuela, que não vamos ter problemas como estão tendo outros países por aqui", afirmou. 
 

Atos antidemocráticos

 
Apesar da fala sobre democracia, o presidente brasileiro vem agindo na contramão desse pensamento e acusando as eleições presidenciais de fraudulentas.
 
De acordo com Bolsonaro, o Brasil corre o risco de não ter eleições em 2022, caso o voto não seja impresso. 
 
Leia: Bolsonaro: 'Ou fazemos eleições limpas no Brasil, ou não teremos eleições'

O presidente também chegou a colocar em dúvida, mais uma vez, a realização do pleito de 2014, quando Dilma Rousseff foi eleita presidente do Brasil. 
 
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* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie. 
 
 
 




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