A nota assinada pelo ministro da Defesa, Walter Braga Neto, e pelos comandantes das Forças Armadas criticando o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), gerou reação no Senado. Os parlamentares viram uma tentativa de intimidação após a prisão do ex-diretor do Ministério da Saúde Roberto Dias. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tentou apaziguar as críticas e manifestou respeito às Forças.
Mais cedo, durante sessão da CPI, Omar Aziz declarou que "há muitos anos a gente não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua do governo." A nota dos militares veio após a prisão de Roberto Dias, classificando a declaração do senador como "grave, infundada e irresponsável".
No plenário, houve reação. "Intimidação eu não aceito", disse o senador Omar Aziz. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), admitiu que a declaração foi provocada pelas decisões da CPI, classificadas por ele como "excessos". O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, disse ter o "mais profundo respeito" pelas forças militares e pediu união dos parlamentares para enfrentar a pandemia diante de um clima de incerteza e instabilidade.
"Quero externar aqui a mais absoluta expectativa, desejo e confiança de que a Comissão Parlamentar de Inquérito presidida pelo nobre colega senador Omar Aziz, com todos os membros que ali estão, possa se desincumbir do papel relevante de apuração de responsabilidades que constitui a agenda em si, a razão de ser de uma Comissão Parlamentar de Inquérito", disse Pacheco, fazendo um aceno à CPI e às Forças Armadas ao mesmo tempo, destacando a importância dos órgãos militares.
"Quero aqui deixar o registro de respeito às Forças Armadas do Brasil para que não paire a menor dúvida em relação ao que é o sentimento do Senado da República em relação às Forças Armadas."
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