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Estado de Minas GOVERNO

Economista Rubens Novaes não resiste a desgastes e pede demissão do BB

Presidente do Banco do Brasil insistia na privatização da instituição e contrariava Bolsonaro


25/07/2020 04:00 - atualizado 28/07/2020 20:17

Além da privatização do BB, Rubem Novaes insistia em retomar os anúncios da instituição em blogs acusados de divulgar fake news(foto: CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS)
Além da privatização do BB, Rubem Novaes insistia em retomar os anúncios da instituição em blogs acusados de divulgar fake news (foto: CLEIA VIANA/CÂMARA DOS DEPUTADOS)


O presidente do Banco do Brasil, economista Rubem Novaes, entregou carta formalizando seu pedido de demissão do cargo ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes. A saída de Novaes ocorrerá em agosto, em dia ainda não definido. Em nota, o vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores, Carlos Hamilton, disse que o executivo tomou a decisão por entender que o BB “precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”.

“Em conformidade com o parágrafo 4º do artigo 157 da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976, e com a Instrução CVM 358, de 3 de janeiro de 2002, o Banco do Brasil (BB) comunica que o sr. Rubem de Freitas Novaes entregou ao exmo. sr. Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, e ao exmo. ministro da Economia, Paulo Roberto Nunes Guedes, pedido de renúncia ao cargo de presidente do BB, com efeitos a partir de agosto, em data a ser definida e oportunamente comunicada ao mercado, entendendo que a companhia precisa de renovação para enfrentar os momentos futuros de muitas inovações no sistema bancário”, comunicou o BB, em nota.

A insatisfação do Palácio do Planalto com Rubem Novaes era crescente por causa da insistência dele na privatização do Banco do Brasil, iniciativa fora de propósito no momento, principalmente, por causa da resistência de militares no governo à venda da instituição.

Novaes, que também enfrentava resistência do funcionários do banco, dizia que a privatização não era apenas um desejo dele, mas também de Paulo Guedes, que, na reunião de 22 de abril, disse que a instituição estava pronta para ser vendida.

Comparação

Outra razão do desgaste de Novaes seria a comparação de sua gestão com a do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. O presidente Bolsonaro passou a comparar as ações dos dois bancos e fez pressão sobre Novaes por resultados, que, de acordo com o Palácio do Planalto, não foram entregues.

A situação de Novaes no BB se agravou nesta semana, depois que ele pressionou o Tribunal de Contas da União pela revisão da proibição de o banco estar impedido de anunciar em sites e blogs acusados de disseminar fake news.

A suspensão da publicidade foi tomada pelo ministro Bruno Dantas, que já vinha cogitando a possibilidade de rever sua decisão, depois de longa negociação com o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Dantas, no entanto, ficou irritado com a ação de Novaes, que afirmava que a determinação do TCU era inaceitável e que estava causando sérios prejuízos ao BB.


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