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Estado de Minas OITO MANDADOS

José Serra é alvo da Lava-Jato por propina e lavagem de dinheiro

O tucano José Serra é acusado, juntamente com a filha e um empresário, de recebimento de dinheiro da Odebrecht


postado em 03/07/2020 08:01 / atualizado em 03/07/2020 09:01

José Serra é alvo de cumprimento de mandados de busca e apreensão(foto: Flickr)
José Serra é alvo de cumprimento de mandados de busca e apreensão (foto: Flickr)

O ex-governador, ex-senador, ex-ministro da Saúde no Governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) e candidato derrotado à Presidência da República José Serra (PSDB/SP) é alvo, na manhã desta sexta-feira (3), de operação da Polícia Federal  para cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Parte das buscas é realizada em endereços ligados ao ex-governador.

Serra é investigado, juntamente com a filha, Verônica Serra, e um empresário por denúncia  de recebimento de propina e lavagem de dinheiro  transnacional.

 

A operação da Lava-Jato deflagrada na manhã desta sexta-feira, pela Polícia Federal é denunciada pelo Ministério Público Federal que acusa Serra de usar cargo de governador, entre 2006 e 2007, para receber da Construtora Odebrecht pagamentos indevidos como moeda de troca na realização de obras do Rodoanel Sul, em São Paulo.


De acordo com a força-tarefa, o empresário José Amaro Pinto Ramos e Verônica Serra constituíram empresas no exterior, ocultando seus nomes, e por meio delas receberam os pagamentos que a Odebrecht destinou ao então governador de São Paulo.

Milhões de reais

 

"Milhões de reais foram pagos pela empreiteira por meio de uma sofisticada rede de offshores no exterior, para que o real beneficiário dos valores não fosse detectado pelos órgãos de controle", afirmou a Procuradoria, em nota.

Paralelamente à denúncia, a força-tarefa deflagrou a Operação Revoada para aprofundar as investigações em relação a outros fatos conectados a esse mesmo esquema de lavagem em suposto benefício de Serra.

Suíça


As ordens foram expedidas pela Justiça Federal que determinou ainda o bloqueio de R$ 40 milhões em uma conta na Suíça.

Com relação à denúncia, a Lava-Jato indicou que as investigações demonstraram que o operador José Amaro Pinto Ramos e Verônica Serra, filha do ex-governador, "constituíram empresas no exterior, ocultando seus nomes, e por meio delas receberam os pagamentos que a Odebrecht destinou ao então governador de São Paulo".

"Neste contexto, realizaram numerosas transferências para dissimular a origem dos valores, e os mantiveram em uma conta de offshore controlada, de maneira oculta, por Verônica Serra até o final de 2014, quando foram transferidos para outra conta de titularidade oculta, na Suíça", indicaram os procuradores.

A denúncia foi montada com base na delação de nove executivos ligados à Odebrecht, inclusive o ex-presidente do grupo, Marcelo Bahia Odebrecht. Nove procuradores subscrevem o documento.

Defesa


A reportagem busca contato com José Serra. O espaço está aberto para manifestações.


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