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Estado de Minas COVID-19

Não a ônibus de Lagoa Santa

Kalil diz que veículos de transporte de passageiros da cidade vizinha serão barrados em BH a partir de segunda-feira, após quebra de quarentena


postado em 03/04/2020 04:00 / atualizado em 02/04/2020 22:39

''O prefeito (de Lagoa Santa) foi avisado, conversei com ele. Estão lá se abraçando, com comércio aberto, tomando cerveja em bar, enquanto a população de Belo Horizonte está confinada. Os aglomerados, as vilas, a Serra, todos confinados, enquanto lá é um balneário de férias? Então, não. Na hora em que ficarem doentes, nós sabemos exatamente pra onde eles vão mandar os doentes. Então, não venham contaminar quem não quer ser contaminado'' -Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte(foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A. PRESS)
''O prefeito (de Lagoa Santa) foi avisado, conversei com ele. Estão lá se abraçando, com comércio aberto, tomando cerveja em bar, enquanto a população de Belo Horizonte está confinada. Os aglomerados, as vilas, a Serra, todos confinados, enquanto lá é um balneário de férias? Então, não. Na hora em que ficarem doentes, nós sabemos exatamente pra onde eles vão mandar os doentes. Então, não venham contaminar quem não quer ser contaminado'' -Alexandre Kalil, prefeito de Belo Horizonte (foto: GLADYSTON RODRIGUES/EM/D.A. PRESS)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), afirmou ontem no programa Alterosa alerta que, a partir da próxima segunda-feira, ônibus vindos de Lagoa Santa não entrarão na capital mineira. A medida é uma reação ao decreto que, desde o último dia 30, permitiu o funcionamento do comércio e da indústria da cidade da Região Metropolitana de BH, contrariando as recomendações da Organização Mundial da Saúde para isolamento social a fim de evitar a disseminação do novo coronavírus e o agravamento da pandemia.

Kalil disse ainda que o município de Sete Lagoas também seria incluído no decreto que vai formalizar a proibição da entrada de coletivos em Belo Horizonte. Mas como o prefeito Duílio de Castro (Patriotas), com a intervenção do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), recuou na medida que abriria o comércio ontem, a cidade ficou de fora do “cerco”.

“Lagoa Santa virou o balneário de férias irresponsável. O prefeito foi avisado, conversei com ele. Conversei com o governador hoje, disse: ‘Governador, o hospital que nós estamos fazendo – tanto o senhor, no Expominas, como eu, no Mineirão – não dá pra atender a festança que está sendo feita em Lagoa Santa’. Então, não venham contaminar quem não quer ser contaminado”, disse Alexandre Kalil em recado para o prefeito de Lagoa Santa, Rogério Cesar de Matos Avelar (PPS).


Zema defende plano logístico 


Por meio do Twitter, o governador Romeu Zema (Novo) também se posicionou a respeito da questão. “Conversei agora com o prefeito de BH, Alexandre Kalil. Ele contou sobre o plano de promover barreiras sanitárias em acessos à capital. Lembrei que a cidade é rota para escoamento de produtos essenciais. Ele se comprometeu a manter os acessos abertos. Além do impacto para o estado, temos de lembrar que muitos profissionais, especialmente da saúde, moram na capital e trabalham na RMBH. A capital abastece e é de todos os mineiros. Por isso mesmo, pedi a ele um plano logístico, que ele se comprometeu a conduzir com muita cautela”, afirmou na rede social.

O prefeito de Belo Horizonte esclareceu também que a “barreira” é válida apenas para ônibus, e que carros, caminhões e ambulâncias vindos de Lagoa Santa terão livre acesso à capital. Sobre a situação de trabalhadores que precisariam circular entre as cidades em coletivos, Alexandre Kalil respondeu que não pode resolver problemas pontuais e que “infelizmente alguns vão pagar por outros”.

Alexandre Kalil subiu o tom mais uma vez ao se referir à condição dos moradores de Lagoa Santa, que “estão lá se abraçando, com comércio aberto, tomando cerveja em bar, enquanto a população de Belo Horizonte está confinada. Os aglomerados, as vilas, a Serra, todos confinados, enquanto lá é um balneário de férias? Então, não. Na hora em que ficarem doentes, nós sabemos exatamente pra onde eles vão mandar os doentes”, declarou o prefeito de Belo Horizonte.

A reportagem não conseguiu contato com os prefeitos de Lagoa Santa, de Sete Lagoas e de Nova Lima, Vítor Penido, este último presidente da Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Prefeitura de Lagoa Santa se manifestou em nota: “Em relação à posição tomada pelo prefeito Alexandre Kalil, o município de Lagoa Santa respeita a autonomia do município de Belo Horizonte e reitera que prevalecerá, no município de Lagoa Santa, o diálogo profícuo e a busca de soluções de consenso que possam atender ao interesse da nossa população”.


Nota da Prefeitura de Lagoa Santa


“Em relação À posição tomada pelo prefeito Alexandre Kalil, o município de Lagoa Santa respeita a autonomia do município de Belo Horizonte e reitera que prevalecerá o diálogo profícuo e a busca de soluções de consenso que possam atender ao interesse da nossa população”




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