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Estado de Minas

General Heleno compara audiência de Moro no Senado a inquisição

O ministro classificou o depoimento de Sérgio Moro no Senado de "triste capítulo da história do Brasil"


postado em 20/06/2019 18:34 / atualizado em 20/06/2019 19:33

O general Augusto Heleno (foto: Arquivo-Agência Brasil)
O general Augusto Heleno (foto: Arquivo-Agência Brasil)

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, afirmou considerar como mais um "triste capítulo da história do Brasil" o depoimento do ministro da Justiça, Sérgio Moro, no Senado. Em mensagem distribuída via Facebook nesta quinta-feira, 20, Heleno defendeu o ex-juiz da Lava Jato e comparou a audiência com senadores a uma inquisição.

"Governado por mais de vinte anos por uma verdadeira quadrilha, o País foi vítima de um gigantesco desvio de recursos, que envolveu grandes empresas privadas e estatais, fundos de pensão, governantes e políticos, em todos os níveis. Alguns protagonistas desse criminoso projeto de poder e enriquecimento ilícito participaram, com a cara mais lavada do mundo, dessa inquisição ao ministro Sérgio Moro", afirma Heleno na mensagem.

Moro passou mais de oito horas ontem respondendo a questionamentos de senadores sobre supostas mensagens que sugerem atuação conjunta com os procuradores da Lava Jato quando ele era juiz federal. O ministro voltou a dizer que agiu de acordo com a lei e cobrou que o site The Intercept Brasil, que publicou a suposta troca de mensagens, divulgue de uma vez todo o conteúdo a que teve acesso. Pela primeira vez, disse não ter "nenhum apego ao cargo" e admitiu a possibilidade de deixar o governo caso seja constatada ilegalidade.

Para Heleno, o fato de o colega de governo ter de ir se explicar sobre o episódio representa "uma total inversão de valores". "Uma total inversão de valores colocou um herói nacional, que decidiu enfrentar essa máfia tupiniquim, frente a frente com indiciados e condenados pela Lava Jato", diz o ministro. Na lista dos que questionaram Moro durante a audiência estavam o ex-presidente do Senado Renan Calheiros (MDB-AL) e o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), ambos alvo da operação.


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